segunda-feira, dezembro 28, 2009

Melhores do ano - Filmes

#10 - Bruno

Este filme é obrigatório para todos aqueles que adoraram o “Borat”. Apesar de muitos não concordarem que é superior, para mim, “Bruno” é muito mais cómico, muito mais inteligente e muito mais ofensivo que o Borat. As coisas que vemos neste filme conseguem ser tão ofensivas que chegamos ao ponto de nos sentirmos mal de estarmos a rir tanto. É um filme bem feito e acho que se deve ir com uma mente aberta. Não, não é uma ode à homossexualidade ou uma sátira...é muito mais do que isso. O único problema é que é demasiado pequeno. 82 minutos é muito pouco para um filme destes.

#9 - The Boy in the Stripped Pajamas

Sabem, eu adoro a Segunda Guerra Mundial e é raro não gostar de um filme que se passe nessa época. E tendo isso em mente, este é capaz de ser um dos meus filmes favoritos passado na segunda Grande Guerra. Tão poderoso como o “A Vida é Bela”, este filme conta-nos a amizade entre dois miudos de mundos diferentes, onde as classes não interessam, sendo um o filho do general encarregue de um campo de concentração e outro um dos muitos judeus presos nesse mesmo campo. É uma visão mesmo muito pura, infantil e ingénua sobre a guerra, onde o personagem principal não percebe o porquê do ódio que os nazis sentem pelos judeus. É um filme sobre a inocência, extremamente simples, mas poderoso, conseguindo contar uma história marcante em 90 minutos.

#8 - Revolutionary Road

Para todos aqueles que pensam que este é apenas mais um filme lamechas sobre um casal que passa por umas quantas dificuldades e acaba por resolver tudo no final, estão totalmente enganados. Não liguem muito à capa ou deixam passar um dos melhores filmes que vi este ano. Um filme marcante sobre um casal que se despedaça à medida que os anos vão passando e eles se vão afastando cada vez mais, enquanto os seus sonhos da adolescência morrem, dando lugar à vida de adultos. Eu fui totalmente apanhado desprevenido por este filme, nunca pensei que fosse gostar tanto e, como muitos, estava à espera de um filme lamechas, secante e sem grande conteúdo. O que eu encontrei foi antes uma excelente interpretação da Kate Winslet (principalmente dela) e até do Leonardo DiCaprio, de quem eu não costumo gostar muito. São personagens bem construídas, um filme com um ritmo lento, mas implacável. Vale mesmo a pena.

#7 - Moon

“Moon” é capaz de ser o melhor filme de ficção cientifica que vi nos últimos tempos (sim, é melhor que o “Star Trek”). A história é simples, mas muito provocante. Um homem passa 3 anos numa estação lunar, pronto para regressar a casa. Horas antes de partir, encontra um homem igual a ele na sua estação...sendo que ele é o único a viver na estação lunar. Este é o ponto de partida para um dos melhores filmes deste ano. Um filme que ficará com vocês mesmo depois de acabar, trazendo problemáticas como “O que é um ser-humano” e “o que significa estar vivo”, tudo dentro de um ambiente espacial, demonstrando que o cinema independente continua a produzir das melhores obras do cinema norte-americano. Para não falar de Sam Rockwell, que merece muitos mais papeis do que aqueles que tem feito nestes últimos anos. Uma das melhores interpretações deste ano e um sério candidato (a meu ver) para os Óscars.

#6 - District 9

Epá, este é muito bom. Não é nada de revolucionário ou nunca antes visto, mas é, sem sombra de dúvidas, um filme extremamente bem feito e, acima de tudo, divertido. Há muito tempo que eu não via um filme no cinema que me deixasse tão excitado e com um enorme sorriso na cara. A acção é espectacular e a premissa muito boa. É daqueles filmes que merece ser visto nem que seja pelas cenas de acção, principalmente no climax na cena final. Uma realização impecável, deixando-me impaciente para ver o que o realizador vai fazer a seguir. Vão já arranjar o filme, se faz favor.

#5 - Let the Right One In

O melhor filme de vampiros dos últimos ano. Acho que não posso dizer muito mais do que já disse na minha critica. Se isto vos ajuda, o “Monsieur_Chinese” viu o filme e também adorou. Claro que muitos devem estar a pensar porque haveriam vocês de ver um filme só porque um membro do Boião gosta. Acho que isso seria um paradoxo para esta lista toda.

#4 - Braindead

E se o “District 9” foi um dos filmes mais divertidos que vi este ano, “Braindead” é o mesmo, mas sob o efeito de LSD. Este filme é a loucura, tão simples quanto isso. Quando um rato-morcego da Somália é capturado e enviado para o zoo de uma pacata vila neozelandesa, o pânico instala-se quando se descobre que traz consigo um vírus que consegue transformar as pessoas em zombies sedentos de sangue. É o filme com mais gore que alguma vez vi. Nunca vi tanto zombies serem despedaçados, nunca vi tantas pessoas morrerem num só filme e conseguir ser tudo tão divertido. É daqueles filmes de terror de série B, mesmo muito bem feitos, mas com um enorme sentido de humor, nunca se levando a sério.E querem saber uma coisa? É o meu filme favorito do Peter Jackson, superior a qualquer um dos “Senhor dos Aneis”. Tem de ser visto para ser compreendido, mas se isto serve de incentivo, o filme é tão louco que temos uma cena onde um padre mata 3 zombies com as próprias mãos. Genial.

#3 - Kikujiro

O Takeshi Kitano é dos meus realizadores favoritos, sem quaisquer dúvidas. “Kikujiro” conta-nos a história de um rapaz que durante as férias do Verão decide procurar a mãe que o abandonou há nascença. É acompanhado por Kikujiro, um homem de meia idade, antigo yakuza, que o ajuda na sua busca (sendo obrigado pela mulher). É um filme muito inocente e, mesmo que seja um bocado maricas dizer isto, muito bonito. É uma história comovente, simples e eficaz. Tal como qualquer outro filme do Kitano, a vida nunca é fácil, mas há que saber vivê-la com aquilo que temos e nunca ficarmos presos ao passado. Nota-se que é dos filmes mais pessoais do Kitano, baseando-se na sua própria infância. Se não têm problemas com a lingua japonesa, dêem uma oportunidade a este realizador e vejam os seus filmes

#2 - The Science of Sleep

O Gondry é um realizador com uma imaginação peculiar. E quando digo peculiar, aquilo que eu quero mesmo dizer é que é interessante. “The Science of Sleep” conta a história de um jovem que regressa a casa da mãe, depois de alguns anos no estrangeiro e que se acaba por apaixonar por uma das suas vizinhas. Mas este rapaz tem uma pecularidade: é um sonhador. Viajamos dentro dos seus sonhos, da sua imaginação e, à medida que o filme avança, pelas suas paranóias. É um rapaz que se perde dentro dos seus próprios sonhos, onde a realidade e a fantasia começam-se a misturar. É, pelo menos para mim, uma história muito triste e foi dos filmes que mais me marcou este ano. Toda a ideia de perdermos a noção daquilo que é real é-me assustadora e ver como as coisas correm para o protagonista, é ainda mais triste. De salientar as sequências de sonhos, onde passamos para dentro da cabeça dele e vemos tudo o que se passa lá dentro. É um filme muito imaginativo e com uma história comovente. Contudo, só o recomendo se já tiverem visto o “Eternal Sunshine of the Spotless Mind”, do mesmo realizador.

#1 - Kids Return

Já disse que o Kitano é dos meus realizadores favoritos, certo? É que, se ainda não o tinha dito, este filme consegue comprová-lo. Tal como “The Science of Sleep”, “Kids Return” foi mais um daqueles filmes que não me saiu da cabeça durante umas boas semanas. A história destes dois amigos que se separam após o secundário e tentam ser alguém na vida, é das melhores que o Kitano já fez, espelhando muito do que se passa na juventude japonesa e na sua falta de força de vontade/sonhos. Ao contrário de Kikujiro, é um filme muito mais pesado, mais calmo, mais contemplativo e emotivo, sobre o quão nós às vezes não conseguimos ser aquilo que sonhamos e como sermos adultos nunca será fácil (e a transição é ainda mais dura).Nunca pensei que fosse gostar tanto deste filme, para ser sincero. Pensava que ia ser mais um excelente filme do Kitano, mas não estava á espera que se tornasse num dos meus filmes favoritos deles. Junta-se assim ao Kikujiro e àquele que eu considero o seu melhor filme: Sonatine

E pronto, aqui estão os 10 filmes do ano. Só tenho pena de ainda não ter visto o “Avatar”, o “Where the Wild Things Are” e o “Thrist”, mas pronto, não podemos ter tudo na vida (apesar de a culpa não ser minha, mas sim das distribuidoras por não ter visto os últimos dois filmes!).

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