segunda-feira, maio 04, 2009

Blast from the past!

Apesar de agora ser um amante da animação japonesa, quando era mais novo, nunca me teria passado pela cabeça que algum dia viria a gostar tanto de "anime" como gosto (aliás, quando era mais novo, queria lá eu saber se existia um pais chamado "Japão"). O meu mundo era simples, via os Simpsons, o Dartacão, o Bocas, a Rua Sésamo e as Tartarugas Ninjas. Todos estes desenhos animados eram intercalados pela Pantera Cor de Rosa, o Pica Pau (Woody Woodpecker) e o Tom & Jerry, formando um dia bem passado na companhia dos desenhos animados.
À medida que fui crescendo e me deram autorização para ir alugar filmes, comecei a notar que existia uma prateleira com desenhos animados, cujas capas eram totalmente diferentes daquilo que estava habituado a ver. Devia ter uns 8 anos quando o Dragon Ball apareceu, e mesmo sem fazer a associação entre a série e os filmes da prateleira, sabia que eram diferentes de algum modo. Peguei num dos filmes e tentei alugar. Para meu espanto, a rapariga do clube de video diz-me: "Desculpa, mas isto não é para a minha idade". Dizer isto a um miudo de 8 anos é o mesmo que lhe pedir para ver ainda mais aquela cassete e , para além disso, porque raio haveria de existir um desenho animado interdito às crianças?
Acabei por conseguir alugar com mais um amigo o famoso "Ninja Scroll". Já não me lembro se pedimos a algum familiar mais velho ou algum dos miudos mais velhos da rua onde costumava brincar, mas a verdade é que conseguimos enganar o sistema e ter nas nossas mãos um filme extremamente sangrento, violento, sexual e, ao mesmo tempo, genial. Bem, digamos que as coisas começaram a mudar desde esse dia e apesar de não ter ficado automáticamente um fã, criou o bicho que se desenvolveu à medida que fui conhecendo ao longo dos anos (até porque há uns anos atrás, quase não existia nada deste género - sem ser o "Samurai X" no Batatoon, por volta disso).
No inicio de cada filme, tinhamos acesso a uma apresentação que compilava todos os filmes disponiveis nos clubes de video, uma montagem feita ao som da "Voodoo People", dos Prodigy, que era tão estupidamente violenta que eu e o meu amigo só conseguiamos dizer: "ok, nós temos de conseguir arranjar isto". Apesar de nos continuarem a não deixar alugar os filmes durante mais alguns anos (pelo menos aqueles que tinham mais cenas de sexo...sim, sexo), só o facto desta apresentação existir em todas as cassetes já saceava e bem o nosso desejo de conhecer esta nova forma de desenhos animados que não conseguiamos muito bem perceber.
Depois disto que vão ver, como é que era suposto voltarmos aos desenhos animados normais? Bem, eu sempre gostei do Bocas, para quem se lembra, e o Dartacão é um clássico, para além das Tartarugas Ninjas continuarem a ser tão "cools" quanto eram, por isso, havia um meio-termo. E tem de exitir, cheio de fanboys está este mundo. Por isso, o que eu quero dizer é que este texto não é um hino à "anime", mas sim uma recordação do passado, muito marcante, onde ainda em criança mal sabia a quantidade de variedade que existia no mundo dos desenhos animados, que iam muito para além das tardes do "Canal 1". Peace out, bitches.

Manga - Apresentação

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1 Comentários:

Blogger Christian Camilo disse...

oi pessoal
muito bom o blog!
gostei muito do clipe do animal collective!
queria deixar o convite para vocês conhecerem o som da minha banda
www.instiga.com
sou o guitarrista
grande abraço
chris

9:34 da tarde  

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