segunda-feira, junho 05, 2006

Filme de Série - Z

- Sim, mas a possibilidade de conseguirmos chegar ao nosso “inner-self” é tão pouca que apenas nos dexamos ficar com uma amostra do que os outros são. Os outros vivem para nos dar a conhecer aquilo que nós poderiamos ser se fossemos como eles.
- Isso não faz qualquer tipo de sentido. Estive a beber?
- Não! Tu não percebes o motivo pelo qual nós estamos aqui? Tu tens algo que eu quero e eu tenho algo que tu queres, só que ainda não nos conhecemos o suficiente para conseguirmos retirar essa tal coisa.
Ash levanta-se e olha novamente para a porta do armazém. Aproxima-se e espreita.
- Ouve, não há cá amizades ou amor! Não há nada! Eu e tu somos nada!
Ash volta-se para Jonsey.
- Ouve, eu já estou nervoso o suficiente, pára lá com essas merdas.
(pausa)
Que horas são?
Ash afasta-se da porta e tira do bolso um maço de cigarros. Olha para eles e deita-os novamente fora. Começa-se a rir.
- Do que te estás a rir?
- Eu não fumo.
- Pois não, esse maço era meu.
- Desculpa.
Jonsey olha incrédulo para o maço estragado, que agora rebolava pelo chão ao sabor do vento. Olha para Ash e tira do bolso do seu casaco uma arma, estoirando com os seus miolos. O corpo cai no chão e rebola pelo monte. Ash corre para o fim do monte para ir buscar o corpo, mas já uma pessoa tinha encontrado o corpo.
O telefone toca.
- Estou? Olha lá, desde quando é que trabalho com atrasados mentais? O gajo rebentou com os próprios miolos! Estraguei-lhe um maço de cigarros e o homem matou-se!
Do outro lado do telefone, Ash ouve um tiro, seguido do que parecia ser um corpo a cair. Atira o telefone ao chão, afastando-se com medo. Corre para o corpo de Jonsey.
- Rapaz, chame uma ambulância!
- Não se preocupe, eu já estou a tratar de tudo.
Atrapalhado, Ash procura algo nos bolsos de Jonsey.
- O que é que você está a fazer? Largue o rapaz!
Ash tira a arma do bolso e dá um tiro no peito da mulher. Tira do bolso de Jonsey uma chave e corre novamente para a entrada do armazém. Pega na pasta e abre-a, tentando saber o que raio estava lá dentro. Não estava nada lá dentro, só um pequeno espaço para inserir algo. O telefone partido toca. Ash assusta-se.
- Estou?
- Podes entrar.
- Eu não tenho o material.
- A porta está aberta.
Desligam. Ash olha para a porta do armazém. Do fundo, começa a ouvir as sirenes da policia. Corre para a porta. Do outro lado apenas está um homem sentado numa cadeira.
- Entra, meu rapaz.
- A pasta está vazia, não sei o que aconteceu.
O homem começa-se a rir.
- Atira a pasta.
Ash atira a pasta. O homem aproxima-se dela e abre-a. Tira do seu bolso um maço de cigarros e coloca-o no espaço da mala. Fecha-a e atira-a novamente para Ash.
- Eu não quero isto.
- Amigo, isto já não é uma questão de quer, é uma questão de tu pegares na merda da mala e fugires. A policia aproxima-se, tens uns segundos. Queres fugir ou falar sobre o quão o meu fato é lindo?
- O meu parceiro matou-se por um maço de cigarros. Vocês agora está á espera que eu leve isto?
O homem começa-se a levantar e a despir o fato. Por baixo tem uma farda de policia. Ash fica alarmado.
- O tabaco mata, nada mais.
Ash procura a sua arma no bolso.
- Neste momento está um carro lá fora, no banco está uma pasta. Está na hora de ires. JÁ!
Ash sai a correr do armazém. Mete-se no carro e arranca o mais depressa possivel. À medida que Ash se afasta, a policia entra no armazém. O homem dá um tiro no próprio braço.
-Não se preocupem, sou só eu.
- Comissário, nós vimo-lo a disparar contra o seu próprio braço.
O Comissário aponta a arma à cabeça do Sargento Livly e estoira-lhe os miolos.
- Mais alguém viu? Quero todos a fingir que eu não matei aquele gajo e se alguém se esbronca sobre isto está fodido.
- Mas nós somos mais, Comissário.
O Comissário é fuzilado pela esquadra Nº 42.
Ash foge a toda a velocidade. Abre a pasta, dentro da pasta está um papel com descontos para uma nova loja de Hamburguers. Ash começa a entrar em pânico. Liga o rádio. “Noticia de última hora, acabámos de saber que a Esquadra Nº42 acaba de se revoltar e criar uma guerrilha. O exército foi chamado,mas a sua entrada na cidade foi parada por uma multidão em fúria. Há pelo menos 10 mortos confirmaods...Para além desta noticia, só queria dizer que há um homem de nome Ash que vai a fugir num carro amarelo a alta velocidade. Ele tem consigo o último maço de cigarros. Se alguém o vir, faça o favor de rebentar com aquele cabrão. Foram as noticias”.
Ash pára o carro. Tira o maço da mala, abre-o, tira um cigarro, mete-o na boca, acende-o e dá uma longa “passa”. Começa a tossir, começa a tossir cada vez mais, começa a cuspir sangue. A dor é tão grande que pega na sua arma e dá um tiro na garganta. Ash cai, esvaindo-se em sangue. Do fundo, um rapaz de 10 anos aproxima-se de Ash, que já está morto. Tira-lhe o maço das mãos e sai a correr. No fundo, a cidade arde e é mergulhada numa chuva de tiros. Porque fumar mata.Foram as noticias”.
Ash pára o carro. Tira o maço da mala, abre-o, tira um cigarro, mete-o na boca, acende-o e dá uma longa “passa”. Começa a tossir, começa a tossir cada vez mais, começa a cuspir sangue. A dor é tão grande que pega na sua arma e dá um tiro na garganta. Ash cai, esvaindo-se em sangue. Do fundo, um rapaz de 10 anos aproxima-se de Ash, que já está morto. Tira-lhe o maço das mãos e sai a correr. No fundo, a cidade arde e é mergulhada numa chuva de tiros, porque fumar mata.

Tudo bem que sou conhecido por escrever ou desenhar cenas com muito pouco nexo ou com alguma espécie de linha condutora, mas acho que desta vez fui ainda mais além. Ficaram com o que seria um daqueles filmes sem sentido, cheios de mortes que vos fazem rir antes de vos assustar ou deixar aterrorizados.


Obrigado.

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1 Comentários:

Blogger Kid_D disse...

Ve-se que tás a prender com o Mestre Daniel Serqueira.

4:24 da tarde  

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