Experiência VI
- O que acha?
O director olha para as fotos. Está sério.
- Não sei o que lhe possa dizer.
O rapaz parece preocupado.
- Mas...mas eu dei tudo o que tinha para tirar essas fotos!
- Digamos que simplesmente não tem o talento.
O rapaz fica abatido, quase soltando uma pequena lágrima.
- É um jovem talentoso. Existem tantas carreiras que pode seguir, só tem de se concentrar numa.
O jovem limpa as lágrimas e retira as fotos da mão do director.
- Como posso ser alguém, se nem para prostituto infantil sirvo?
O director ri-se.
- O mundo da pedofilia é muito pequeno, e esse teu rabo é demasiado grande.
Numa carrinha, algures no exterior, dois agentes escutam a conversa.
- O que é que ele disse?
- Acho que disse “rabo”.
- Rabo? Dá-me a lista das palavras ofensivas.
O segundo agente passa um longo papel.
- Não está aqui nada sobre “rabo”.
- Mas ele mencionou alguma coisa sobre o tamanho.
- E meteu algum órgão sexual masculino ao barulho?
- Não, mas...
- Pensa desta forma, se calhar está só a fazer um pequeno comentário. A avisá-lo que realmente deveria fazer algum exercício.
- Isso não faz sentido. Nós temos dados suficientes que provam que ele faz parte da maior rede de pedofilia do mundo.
- Sim, mas foi o rapaz que lhe mostrou as fotos todo nú.
- Esse argumento é estúpido.
- Pode ser, mas não quero prender um homem inocente porque disse a palavra “rabo”.
- Ele está a tocar-lhe na perna. Temos de fazer qualquer coisa!
O primeiro agente fica em silêncio, pensativo.
- Tudo bem, mas tu é que preenches os papeis se tiveres errado!
De volta ao quarto.
- Realmente, os teus músculos das pernas são fortes. O que me faz mais confusão é que faço desporto há mais de 20 anos e não consigo ter uns músculos assim.
- Se calhar é a idade, já não é um homem novo.
Os dois agentes entram pelas janelas do quarto.
- QUIETO!
- LARGA A MERDA DAS FOTOS!
- O que é que eu fiz?!
- Estás preso por tráfico de fotografias pornográficas!
- Mas...como é que descobriram??
Neste momento, o rapaz começa-se a rir.
- Fui eu.
- Tu?!
- Sim, eu. Porque na verdade, eu sou o agente Domingos, da 3ª esquadra.
Naquele momento, Domingos retira a máscara de rapaz inocente, ficando com um físico de um homem de 40 anos, ainda por cima de bigode.
- Levem-no, rapazes!
Os agentes levam o homem para a carrinha, mas antes de sair do quarto, consegue ainda gritar para Domingos.
- Como é possível ser esse rapaz da fotografia, é impossível!
Domingos ri-se, pega novamente nas fotos.
- Porque é o meu filho.
Etiquetas: Experiencia
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial