Experiência X
Dois amigos estão deitados na relva verde de um jardim. Um dia de Primavera, uma doce brisa percorre os seus narizes, as crianças brincam ao longe e as suas mães sorriem, os velhotes jogam às cartas. E eles estão meio mocados...
- Man, sabes do que é que eu tenho medo?
- Do quê?
- De me esquecer que estou a pensar.
- O quê?
- Man, de pensar. Tipo, vais a pensar nas tuas cenas, para ti, e depois esqueces-te que estás a falar para ti e começas a falar alto.
- Isso era do caraças. Parecia que estavas a ficar maluco.
- E se eu estiver a ficar maluco?
- Conforme aquilo que tu penses, man.
- Ya, meu. Lá nisso tens razão.
Os dois voltam a ficar em silêncio. Olham para o céu azul e as nuvens brancas que se vão juntando ao seu lado. Lentamente formam a frase "O Fim do Mundo é Amanha, mas podem sempre aproveitar o tempo que têm para fazerem o que quiserem. Beijos, Deus". Não ligam muito.
- E os mudos?
- O que têm os mudos?
- Como é que eles falam sem pensar para eles próprios?
- Só porque não falam?
- Ya... acho que não estão muito preocupados se as pessoas olham para as mãos deles a abanar. Não vão perceber nada à mesma.
- Deve ser fixe.
- Podias dizer tudo o que querias.
- Mas sem dizer.
Os dois começam-se a rir. As nuvens formam-se novamente. "Eu não estava a brincar, vai ser mesmo amanha que o Mundo acaba. Isso não vos interessa?"
- Eu gostava de ser mudo, meu. Deve ser uma experiência do caraças.
- Deve ser de outro mundo...
- Para além disso, eles não se enganam enquanto falam.
- As pessoas mais correctas do mundo não falam. Do caraças.
- Do caraças.
Algo começa a cair dos seus céus.
- Acho que vai chover.
- É possível. Abril águas mil, sabes?
Os dois continuam a rir, até que inúmeras bombas caem sobre a terra, destruindo o jardim onde estavam. O fim do mundo foi naquele dia, e sim, Deus enganou-se.
- Do quê?
- De me esquecer que estou a pensar.
- O quê?
- Man, de pensar. Tipo, vais a pensar nas tuas cenas, para ti, e depois esqueces-te que estás a falar para ti e começas a falar alto.
- Isso era do caraças. Parecia que estavas a ficar maluco.
- E se eu estiver a ficar maluco?
- Conforme aquilo que tu penses, man.
- Ya, meu. Lá nisso tens razão.
Os dois voltam a ficar em silêncio. Olham para o céu azul e as nuvens brancas que se vão juntando ao seu lado. Lentamente formam a frase "O Fim do Mundo é Amanha, mas podem sempre aproveitar o tempo que têm para fazerem o que quiserem. Beijos, Deus". Não ligam muito.
- E os mudos?
- O que têm os mudos?
- Como é que eles falam sem pensar para eles próprios?
- Só porque não falam?
- Ya... acho que não estão muito preocupados se as pessoas olham para as mãos deles a abanar. Não vão perceber nada à mesma.
- Deve ser fixe.
- Podias dizer tudo o que querias.
- Mas sem dizer.
Os dois começam-se a rir. As nuvens formam-se novamente. "Eu não estava a brincar, vai ser mesmo amanha que o Mundo acaba. Isso não vos interessa?"
- Eu gostava de ser mudo, meu. Deve ser uma experiência do caraças.
- Deve ser de outro mundo...
- Para além disso, eles não se enganam enquanto falam.
- As pessoas mais correctas do mundo não falam. Do caraças.
- Do caraças.
Algo começa a cair dos seus céus.
- Acho que vai chover.
- É possível. Abril águas mil, sabes?
Os dois continuam a rir, até que inúmeras bombas caem sobre a terra, destruindo o jardim onde estavam. O fim do mundo foi naquele dia, e sim, Deus enganou-se.
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