quarta-feira, julho 19, 2006

Filme de Série - Z - Parte 2

Acabava de deixar o trabalho. Nove horas de trabalho tinham-no deixado de rastos e só pensava em voltar para casa. Despediu-se dos seus colegas, despiu a sua farda azul e vestiu um simples fato preto com uma camisa branca. Retirou do seu cacifo uma pasta e saiu finalmente, desejando boa tarde ao segunrança. O seu telemóvel toca:

- Estou?

(do outro lado da linha)

- Já o tenho.

O telemóvel desliga-se. Ele sabia o que era, ele sabia bem demais o que Azel tinha em sua pose e isso não era bom. Uma ofensa demasiado grande para poder ser esquecida, pelo menos naquele momento. Entrou no carro e bateu violentamente contra o volante. De certa forma, tinha acabado de perder algo muito valioso, demasiado valioso.
Ligou o carro só tendo um pensamento: Matar o Bill. Depois pensou melhor: “Espera, isto não faz muito sentido, ele não se chama Bill. Ou então podia procurar algu´me que se chame Bill e matá-lo de uma forma impiedosa”. O telefone toca novamente; é a mulher.

- Hoje vou chegar mais tarde, horas extras (pequena pausa) sim, vou matar pessoal, mas é a última vez, prometo. O Azel tirou-me algo demasiado valioso.

Desligou o telemóvel, ligou novamente o carro e seguiu pela avenida principal. Passa um vermelho e quase que bate contra um outro carro. Lá dentro iam dois sujeitos com usn fatos parecidos ao seu. Mostrou-lhes o dedo, mas eles ignoraram. “Hoje em dia as pessoas andam com tanta pressa que já nem sabem aproveitar o melhor da vida”, pensou ele.
Parou o carro junto a uma cabine telefónica, abriu a lista telefónica no B e apontou o dedo. Sorri, tinha encontrado Bill, o seu Bill. Rasga a folha e mete-se novamente no seu carro. Arranca a grande velocidade, passando mais um vermelho. Olha para a folha que arrancou, “Bill...finalmente encontrei-te, sejas tu quem fores”. Matar pessoas inocentes sempre foi a sua maneira de relaxar quando o negócio dava para o torto. Fugido em vários paises, com uma mulher que nem é sua, canalizador numa empresa multi-milionária de dia, tabagista à noite. “Uma profissão de risco”, pensou ele sorrindo. O tabaco era proibido e elerespirava aquele fumo cada vez que chegava a casa e adorava-o. Estava rico à pala dele e isso era apenas metade do prazer.
Virou à direita, seguindo por uma rua estreita, e passando pela casa de Big Jonsey, seu amigo. Pensou em parar, mas a ideia de ter Bill vivo por mias uns minutos deixava-o incómodado, demasiado incómodado.
Chegou. Parou o carro. Tirou a mala, e dela uma pistola. Tocou a uma vizinha. “Publicidade”. Abre a porta do prédio. Caminha lentamente pelas escadas. Consegue ouvir o tal Bill a falar, provavelmente ao telefone. Carrega a arma. Bill quase que grita ao telefone. Sorri novamente. Ouve um tiro. Um corpo cai.
Ficou preocupado e começou a correr. Entra no quarto. Bill está caido, ou pelo menos ele pensa que é Bill. Do outro lado da secretária está um homem.
- Prazer em conhecê-lo, senhor?

- Senhor.

- Não percebi.

- O meu nome é mesmo Senhor.
O outro homem começa a sorrir enquanto vai limpando a arma.

- Pois bem, o meu nome é John Phill. Sou um policia.

- Vamos para o menos óbvio.

- O menos óbvio? (risos) Aqui não há menos óbvio, é tudo óbvio de mais. O senhor é tabagista, certo?

- Por favor, trate-me por “tu”.

- Consigo é complicado fazer isso...

- Eu sei, foi apenas uma piada. Mas sim, sou um tabagista.

- Então tem consciência do quanto é dificil arranjar um só maço de cigarros, certo?

- Certo.

- Senhor, a sua mulher está morta.

- Ela não era minha mulher.

- Namorada.

- Também não.

- Amiga.

- Digamos que apenas estava lá.

- Tudo bem. Ela foi morta e pegaram fogo à sua casa.

- A casa também não era minha.

- Não vamos voltar ao mesmo, pois não?

- Não.

- O que eu quero dizer é que roubaram o seu último maço de cigarros.

Fica alarmado, era o último maço de cigarros que tinha produzido e com o equipamento destuido só daqui a uns meses é que conseguiria produzir outro.

- Existem demasiados agarrados ao tacabo, e isso vai-se fazer sentir nesta cidade. Penso que compreende toda a seriedade da situação, sendo você um desses agarrados.

Era essa a sua razão. Apenas produzia tabaco porque tinha de o fumar, o resto apenas vinha como pequenos, digamos, empréstimos, nada mais.

- O que é que o Bill tem a ver com tudo isto?

- Foi ele que mandou roubar o seu maço de cigarros.

Confirma-se, ele odeia Bill.

- Não sei o porquê do roubo, mas neste momento acabamos de localizar um dos seus ajudantes num armazém. Contudo, o maço continua desaparecido.

- O que é que a policia quer no meio disto tudo?

- Nós queremos a Anarquia total nesta cidade!

Espeta-lhe um tiro na cabeça. Dirige-se a Bill e rouba-lhe o telemóvel, mais tarde iria ver a sua última chamada e encontrar o gajoq ue poderá ter o sue maço.A policia estava metida nisto, mas ele nem queria saber. Tinha de ir ter com Jonsey e dar-lhe as más noticias, afinal tinha sido a sua mulher que fora assassinada e a sua casa que fora destruida. Azel também estava metido nsito e devia conhecer Bill. De certeza que sabia qualquer coisa. Irá encontrá-lo, espancá-lo e depois matá-lo por ter feito uma coisa destas.
Sai do prédio e meteu-se no carro. Mais um vermelho e volta a passar. Vindo da direita um carro da policia projecta-o para dentro de uma loja. Enquanto rebola dentro do carro só consegue pensar numa coisa, “Porra, pensei demasiadas vezes na palavra demasiado”. Perde os sentidos.

Etiquetas:

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial