sexta-feira, setembro 01, 2006

Filme de Série - Z - Parte 8 (1/3) "Reencontro"

Esta parte 8 é a maior da história e para não ficar um grande testamento, que ninguém iria ler, dividi tudo em três partes, que são: "Reencontro", "Por aquilo que será meu" e "Fumar Mata". É bom ver que esta pequena história está quase acabada, isto é, está quase toda aqui no Boião, porque acabada já ela está há algum tempo, a preguiça é que consegue ser lixada de vez enquando.
"Reencontro"
Naquele momento não havia ninguém mais lixado do que ele. Um acidente, uma ferida na sobrancelha que não parava de sangrar, o seu melhor amigo tinha-lhe roubado a porcaria do maço de cigarros e agora ia a caminho de uma vila de armas nas mãos à procura de alguém que ele nem sabia quem era. O melhor cenário para existirem umas quantas balas instaladas no crânio de alguém e não importava de quem seria.
A vila é suja, pequena e possivelmente inabitada, e ainda bem. “Teria de matar uns quantos logo á chegada e eu ainda gosto de conhecer o pessoal”.
Dispara para o ar.

- Se há alguém na merda desta vila, é melhor que se apresente rapidamente ou eu vou atrás de vocês e mato tudo o que se mexa. Tão simples quanto isso!

Olha para todos os lados, mas ninguém aparece. Quando se prepara para revistar casa a casa, ouve alguém a tossir. “Vem daquele lado”. Entra por uma pequena rua que vai dar á praça da vila. O tossir vai ficando cada vez mais próximo à medida que a poeira vai desaparecendo. Senhor começa a ver alguém no meio da praça, sentado numa pequena cadeira.

- Para tu estares aqui é porque as coisas não estão a correr mesmo mal para o nosso lado.

- Nem sabes o quanto, Azel.

Azel está sentado numa cadeira vermelha e ao seu lado tem uma mala preta.

- Se dentro dessa mala está o meu maço, é melhor que mo dês já.

Azel começa a sorrir.

- Era suposto por esta hora eu o ter comigo, mas não o tenho. Não chegou nada à casa de Hamburguers. Não terás nada a ver com isso?

- Só vi um dos teus morto no meio da estrada, pouco fiz eu.

- Então o maço está mesmo desaparecido...

Azel levanta-se da cadeira e põe a mala em cima da cadeira.

- Antes que comeces com explicações desnecessárias só te quero avisar que no final disto tudo tu morres.

- Nem espero outra coisa.

Senhor começa a andar de um lado para o outro, impaciente. Agora que poderia dizer tudo aquilo que queria dizer ao sacana que está mesmo à sua frente, a única coisa em que consegue pensar é numa frase simples e estúpida.

- Tinham-me de roubar o maço! Tinham-me de tirar aquela porcaria!

- Era preciso, seu viciado de merda. Ou preferias viver num mundo que fosse uma gigantesca noticia que te fosse bombardeada de 5 em 5 minutos na tua televisão, interrompendo todos os teus programas favoritos?

Senhor fica calado.

- Ou preferias viver num mundo em que tudo aquilo que tinhas podia ser roubado e destruido por não existirem regras? Ou, melhor ainda, viveres com uma câmara atrás de ti e quegravasse todos os teus movimentos?

Azel pára e depois sorri, mas de forma desesperada. Senta-se no chão e leva as mãos à cabeça.

- Eu nem me importo que me mates...o plano deu para o torto, estão todos mortos e os Media devem ficar com o maço, ou então ficas tu com ele e continuas a produzir essa merda. Com a casa de hamburguers destruida não me resta mesmo nada.

Senhor olha para Azel enquanto este permanece sentado, continuando a apontar-lhe a arma.

- Eu nem quero ver como esta cidade ficará.

Azel pega na pasta e começa-se a afastar, virando as costas para Senhor.

- Faz lá o que tens a fazer.

Sem pensar duas vezes, Senhor dispara contra Azel, acertando-lhe na cabeça. Naquele momento pouco lhe importava a salvação da cidade ou o facto de produzir uma espécie de droga comercial, o que realmente importava era dar uma valente passa num delicioso cigarro. Azel estava finalmente caido no chão e com uma das suas balas instaladas no crânio. A primeira parte do plano estava concluida: a vingança. Agora só falatava a segunda: a recolha. Seguida de uma deliciosa terceira e última parte do plano: o cigarro aceso.

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