domingo, janeiro 08, 2006

Faça você mesmo o título!

- Desculpe, mas podia-se desviar para eu poder passar?

Ao ouvir esta doce melodia criada pelas cordas vocais, abriu os olhos. Olhou à sua volta para procurar de onde vinha aquela doce, mas tão doce melodia que já lhe tinha conquistado o coração. Quem poderia ser? Todos sabemos como a imaginação de um pode ser poderosa, portanto, eu nem vou tocar neste ponto e vocês fazem o resto. No caso de serem uma mulher, bem, estão um pouco lixadas...
Olhou à sua volta, mas não via ninguém. Espreitou por tudo o que era canto, mas não conseguia encontrar a fonte sonora que tinha criado uma certa reverberação que até lhe tinha arrepiado o seu doce e grande coração. Quase que conseguia cheirar o seu perfume, apostando que era tão doce quanto a sua linda, mas linda voz:

- Olhe lá, podia ou não sair da frente? Eu tenho mais que fazer!

Foi então que olhou para baixo e, completamente boquiaberto, viu um pequeno cão que estava com um chapéu na cabeça. Para além da sua primeira reacção ter sido de puro nojo (remetendo para a questão da imaginação de um homem), a primeira coisa que pensou foi no porquê de um cão estar para ali a falar e como é que ele conseguiu uma voz tão bonita. Começava a ficar curioso, porque com uma voz daquelas ele iria longe, conquistaria o mundo com aquelas belas cordas vocais. Começou a pensar em grande, começou a pensar nas garinas que ia arranjar com aquela voz (lá está, é homem)! Estava a ficar cada vez mais contente, e um sorriso malandro nascia na sua cara. O cão, indignado por ainda não conseguir passar, olhava para ele de uma forma violenta. Começava a pensar nas formas de matar aquele gajo que só lhe estava a complicar a vida, é que ele ainda podia ser despedido se não chegasse a tempo à porcaria do trabalho! Boa, por causa daquele gajo até já pensava que o seu trabalho era uma bela merda, trabalho esse que levou anos e anos a conquistar (ok, não foram asssimmmmmm tantos anos, ele era um cão. Lembrem-se que eu só estou aqui para manter toda a verdade desta história). Agora pensava nos seus 21 cachorrinhos recém-nascidos. Ele não podia perder aquele trabalho, era importante de mais. Depois, o seu pensamento foi levado para outro tema. Não tinha mulher, estava muito sozinho e precisava de companhia. Há anos que a sua companheira tinha sido atropelada por um carro enquanto ia a ladrar para o camião do lixo (ui). Queria mesmo uma companhia...

Enquanto o cão parava para pensar na sua vida, e vai-se lá saber porque é que ele fez aquilo no meio da rua, é que ele queria ir para o trabalho e só estava a perder tempo com aquilo. Outra questão que vos deve pairar na cabeça deve ser o porquê de o safado do cão não contornar o maldito do homem e seguir com a sua vida. Pois é, é uma boa questão, mas eu também não sei. Eu não sou o raio do cão, eu apenas estou a relatar o que vi. MAS, se eu estou a relatar apenas aquilo que vi, como é que eu sei os pensamentos do homem e do cão (chamo-lhes assim porque eles querem permanecer anónimos)? Hum, se calhar já dei cabo do post todo ao revelar as minhas técnicas...esperem! Ainda posso resolver isto tudo se passar para o final!

Quando o homem olha novamente para o cão, começa a andar para trás e a gritar algo sobre a vida e cenas. Acaba por ser levado pelo Dr. Fizlitp para experiências. O cão, simplesmente levanta voo e vai-se embora.

Um final digno...

Obrigado.

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1 Comentários:

Blogger Kid_D disse...

Com a parte final...parece que te estás a rever no cão...tu és o cão és um cão...
outra coisa como é que o gajo dos tool consegue dar aquele berro de 24 segundos?

10:36 da tarde  

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