terça-feira, julho 25, 2006

Filme de Série - Z - Parte 3

- Já tens tudo preparado?

- Mais ou menos.

- Quando é que me posso encontrar com eles?

- Ainda hoje. Vai ter ao café da Avenida Principal. Eles levam uns fatos pretos com camisa branca. Tudo muito simples.

- Está combinado.

Bill desliga o telefone. Transpira de uma maneira anormal, os nervos quase que o matavam. “Não chego vivo ao Verão”, pensa enquanto veste um par de calças de ganga. Pega nas chaves de casa e no telemóvel. Olha para a fotografia de uma mulher e sai.
Ao descer as escadas o seu telemóvel toca.

- Estou?

- Estou a ligar-te só para avisar do perigo em que te estás a meter. Existem demasiadas coisas em risco se consegues aquilo que queres.

- Se não houvessem eu não corria esse risco.

- Então estás avisado, amigo.

- Estou é completamente lixado, John.

Desliga o telemóvel. Fica abalado, deixando-se involuntariamente sentar-se nas escadas. Leva as mãos à cara e deixa cair umas pingas de suor. Rapidamente se recompõe, “Tenho algo mais importante a fazer”. Sai do prédio e mete-se no carro. Prepara a rama e mete-a no porta-luvas.
Chega à Avenida principal e ao ponto de encontro, um pequeno café pouco frequentado, ideal para não levantar suspeitas. Espreita para dentro do café e vê dois homens sentados numa das mesas. Vê uma cara conhecida e fica mais aliviado. Ao entrar no café, um dos homens faz-lhe sinal e chama o empregado. Bill senta-se, o empregado chega.

- O que vai querer?

- Um café, se faz favor.

Bill olha inpacientemente para os dois homens. Um deles, o tal conhecido, tira os óculos escuros e comprimenta-o.

- Já não te via há algum tempo, Jonsey.

- Preferia que não me tivesses visto. Era um bom sinal.

Bill sorri.

- Obrigado por nos teres dado o paradeiro do tal objecto.

- Só por uma boa causa é que traia um amigo, nada mais.

- É o nosso “ajudante”?

- Chama-se Ash. É de confiança.

Bill comprimenta Ash.

- Prazer.
- Igualmente.

- Já que vais trabalhar com o Jonsey eu deixo-te um aviso. Ele costuma ter delirios filosóficos estúpidos. Tem cuidado com isso.

Os três começam a sorrir. Chega o empregado com o café. Bill agradece e dá um primeiro golo. Pousa a chavena e tira do bolso um pequeno papel.

- Presumo que já tenham a pasta.

- Já a temos.

- O que vocês vão fazer é simples. Vão levar essa pasta para esta morada e lá vão esperar pelo telefonema do nosso outro infiltrado. Ao receberem o telefonema, dirigem-se logo ao armazém que fica a poucos metrso desse local e fazem a troca. Penso que tu já tinhas um papel com a morada.

- Deixei-o em casa. É melhor ficar com esse.

Bill dá o papel a Jonsey.

- Mas nós vamos passar droga?

- Isso não é importante tu saberes, mas sempre que tenhas alguma dúvida fala com o Jonsey.

- Eu estou há mais tempo nisto do que tu, não te preocupes.

Se o Jonsey não estiver “disponivel”, liga para este número.

Bill dá um cartão a Ash, que o mete no bolso do casaco.

- Penso que já está tudo explicado e combinado. Agora só têm de ir ter ao local e fazer a troca. O nosso ajudante irá vos dar novas indicações.

- Então está tudo despachado.

Jonsey dirige-se para o balcão.

- Deixa estar que eu pago a conta. Vocês os dois vão andando.

Jonseu faz um sinal com a mão e sai do café. Bill bebe o resto do café. Vai ao balcão e paga a conta. Sai do café em direcção ao seu carro. Entra no carro e deixa-se ficar. Não sabe porquê, mas sente-se mais aliviado. Já faltava pouco para ter tudo pronto e para a investida do seu antigo amigo, John. “Vou pará-lo, mas ele vai-me levar com ele, de certeza. Paciência”. Liga o carro e dirige-se novamente para casa.
Corre para casa, o telefone toca. Abre rapidamente a porta e mesmo de passar para as mensagens, consegue atender.

- Estou?
- É a Anna.

Anna...era a Anna, a sua mulher. Já não a via há dois meses e as saudades já tinham chegado a ponto critico.

- É bom ouvir a tua voz.

- Tenho muitas saudades tuas.

- Tu sabes o que eu ando a fazer...

- Eu sei...quando é que consegues despachar tudo?

- Não sei, não sei mesmo.

Fica um silêncio incomudativo.

- Amanha vou ter contigo, não te preocupes.

- E podes?

- Se hoje correr tudo bem eu posso fazer tudo.

- Prometes?

- Prometo.
O telemóvel começa a tocar.

- O telemóvel...

- Eu sei, vai lá.

- Amanha...

- Amanha..

Custa-lhe desligar o telefone, pois já sabe que vai ser quase impossivel manter a sua promessa. Pega no telemóvel. Um númeor desconhecido.

- Estou? Ash? Calma, o que é que aconteceu? O Jonseu matou-se? Mas que merda?

Bill vira-se para ir buscar à sua secretária um bocado de papel e uma caneta. Ao virar-se vê John do outro lado, sentado e com uma arma apontada a ele. Ouve o gatilho.

- Tu aqui?

John dispara contra Bill, que cai no chão ainda com o telemóvel ligado. Fica imóvel, um tiro certeiro nos pulmões. Não consegues respirar. Mesmo antes de dar os seus últimso suspiros vê um homem desconhecido a entrar em sua casa. “ De qualquer das maneiras eu hoje morria...Não consegui manter a promessa, mas ao menos está tudo a correr bem”. Bill dá o seu último suspiro e morre numa poça de sangue.

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