quarta-feira, dezembro 28, 2011

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E aqui está. Depois de 6 anos, chegámos ao fim do Boião de Cultura. Apesar de as coisas não terem corrido como queria, (isto é, este texto devia ter sido feito há 6 meses atrás) sinto-me bem por finalmente acabar com o Boião. Foram bons tempos, escrevi coisas interessantes, desenvolvi um bocado os meus desenhos, criei videos parvos, li comentários porreiros de pessoal ainda mais porreiro, acabei e recomecei os The Schiz, etc. Aconteceu tanta coisa, mas é assim que as coisas têm de ser e quero dar um último adeus a um velho amigo.
Planeei, como sempre, várias coisas para o último post do Boião, mas não serve de nada. Quero sair calmamente e fechar as portas sem fazer um barulhão do caraças e depois culpar o vento. Simplesmente acabou, tudo na boa. Um dia, quando escrever a melhor longa metragem portuguesa ou tiver publicado o melhor livro de contos da nossa literatura, quero que vejam o Boião como uma rampa de lançamento que falhou em termos de popularidade, mas que me ajudou a desenvolver. Até lá, está na hora de ir à luta e 2012 será "O Ano do Canelo". É melhor fazerem já uma anotação, até os chineses vão colocar isso nos seus calendários. Será algo como: "coelho", "dragão", "tigre" e depois "Canelo". Desejem-me sorte!
Quero agradecer a todas as pessoas que visitaram o Boião ao longo dos anos. Quer tenham sido 10, 20 ou 50 pessoas, não interessa, gosto de vocês todos. Nunca é de mais agradecer aos ex-membros da familia, como o David (Kid_d) e o Diogo (Libel, Monsieur_Chinese), por terem ajudado a criar o blog e a dar-lhe vida. Por fim, um enorme abraço ao mitico Dr_Galochas que, mesmo sem escrever um único texto para o blog há anos, nunca deixou que o tirasse da lista dos colaboradores. Ele é uma jóia de pessoa e nós os quatro fizemos uma bela equipa, não hajam dúvidas.

Bem...está na hora de fechar as portas. Este é o último post do blog "Boião de Cultura". Os outros membros da equipa, Kid_D, Monsieur_Chinese e Dr_Galochas já sairam. Os textos e desenhos ficarão intactos, nada será apagado. Continuarei a escrever e a melhorar, com sorte, conseguirei trabalho na minha área. Eu sou o JohnSamus, antigo Paperbag_Wirter, último sobrevivente do "Boião de Cultura"...

...signing off.

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ARQUIPÉLAGO DA AWESOMENESS

Eu tenho um certo orgulho demente nos Schizling the Cruise. Apesar de não sermos verdadeiramente uma banda, nenhum de nós saber tocar qualquer tipo de instrumento, temos gosto em fazer estas pequenas e simples músicas. Apesar de não serem nada do outro mundo, são especiais para nós. Existem momentos em que se disfarçam de algo com qualidade, talvez pelas ideias ou pelo tal orgulho que falo.
"Arquipélago da Awesomeness" é o nosso novo EP e foi o primeiro que demorou meses a concluir. É triste, eu sei, mas demorei mesmo algum tempo com certas músicas. Pela primeira vez quis construir algo com pés e cabeça, pegar num sentimento e traduzi-lo. Foi interessante e desnecessariamente desgastante, mas gosto do resultado final. Esta é a primeira versão acabada, o alinhamento muito provavelmente não irá mudar, mas existem certos acertos que quero fazer nas músicas. Para algo desta qualidade, sou muito esquisito. Tendo em conta que fiz o "Sensual Electronika" numa semana, "Arquipélago da Awesomeness" é algo do outro mundo. Sinceramente, é o meu EP preferido, sinto que existem aqui boas ideias que podem crescer. Existem coisas que têm de ser melhoradas, claro, mas a sua base não é mesmo nada má.
Apesar de estar contente, sinto uma pequena tristeza à medida que dou este EP como concluido. Olho para o que fiz e a sombra da minha incompetência musical começa a ser demasiado grande para a ignorar. Eu não percebo nada sobre musical, sei o que quero (e sei bem), mas não sei como fazê-lo. Quero aprender e melhorar, mas como estou agora, começo a pensar que não posso fazer muito mais para além disto. Os samples só nos levam até a um certo ponto, o conhecimento e sabedoria terão de dar o próximo passo. Para ser sincero, não tenho vontade de trabalhar tão cedo num novo EP dos The Schiz, quero melhorar este e acabá-lo definitivamente. Nunca se sabe, talvez descubra novos samples ou um programa novo que me dê novas ideias, mas não acredito muito nisso. Quero sinceramente estudar música e este projecto deixa-me brincar com ela sem compromissos. Faz bem à alma.
Bem, vou deixar-vos o link para o EP e espero que oiçam. Aliás, é bom que o façam, senão vou a vossa casa e obrigo-vos. Se fizer melhorias, coloco o novo link e faço um pequeno EDIT todo catita ao post.

Line up:

1 - A Ganhar

2 - Há Festa em Casa da Minha Avó

3 - Nem Um Único Foda-se Foi Dito Naquele Dia

4 - Chá de Porrada

5 - Arquipélago da Awesomeness

6 - São Torpes

7 - Bros.

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quarta-feira, dezembro 21, 2011

RANDOM LIST, BABY

Nunca pensei que iria fazer outra lista para o Boião, muito menos uma espécie de "best of" do ano. Isto era para ter acabado há meses atrás, caraças, mas ao menos não passa deste mês. Enquanto o fim não chega, fiquem com uma lista das melhores músicas que ouvi este ano. Não estão por ordem, é apenas um apanhado das músicas que me aqueceram a porra do coração ao longo do ano. Nada organizado como fazia antigamente, apenas relaxado e calmo. Espero que, mesmo assim, gostem.

P.S. - de certeza que me esqueci de imensas músicas, mas não importa.











































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sábado, dezembro 03, 2011

Um Mundo Mal Desenhado

Lembram-se de todos os projectos que eu era para fazer para o Boião? Pois, nem eu, mas sei que eram muitos. Depois do blog ficar, basicamente, só para mim, decidi que iria apostar nos mais variados projectos, muitos deles envolvendo desenhos ou comic strips minhas, mas com uma história coerente (ou mundo). Um deles foi o "Gein, o Conquistador", a história de um extra-terrestre obrigado a viver em Portugal como castigo depois de um trabalho mal feito. Cheguei a desenhar uns quatro ou cinco episódios, mas perdi aquilo tudo. Foi pela mesma altura que fiz os últimos dois números da série "Não Chores, Robot", outra série que fiz (e que gosto de pensar que acabei). Resumindo, tentei fazer muita coisa, mas realizei poucas. É normal, acho eu.
"Um Mundo Mal Desenhado" era para ser o meu novo projecto depois de acabar com o Boião. Não vos sei contar muito bem a históriao, mas passava-se no mundo dos meus desenhos com personagens peculiares. Queria fazer um mundo estranho onde pudesse usar muito nonsense e experimentar com certas histórias. Devo dizer que andei empolgado com a ideia durante uns tempos, mas como sempre, esqueci-me do projecto e nunca mais lhe peguei. Hoje encontrei a história de dois episódios e achei piada, acho que vale a pena deixar no blog, é mais um pequeno projecto que não resultou. Estou cheio deles, não estou?
E epá, este mês o Boião acaba mesmo! Estive a ler o texto que escrevi no final do ano passado e era uma vergonha não acabar com o blog ainda este ano. Faltam 3 posts, se não me engano, e o que tem estado a atrasar isto tudo são os Schizling. Quero acabar o nosso novo EP antes de fazer um último post sobre a banda, mas, acreditem ou não, tenho estado a trabalhar verdadeiramente no "Arquipélago da Awesomeness" e é, sem dúvidas, o melhor que já fizemos. Mas tipo, mesmo o melhor, parece quase música de adultos. Aqui ficam as histórias:

Episódio 1
Temos um amigo chamado Zé. Quando ele nasceu, perguntaram ao pai se ele iria ter o mesmo nome que ele, algo que acontecia muito. O pai disse que sim e pouco tempo depois registou o filho como “Zé, o Regresso”. Quando lhe perguntaram porque não chamou ao filho simplesmente de Zé Junior, o pai respondeu “porque é para ser a seguir a mim”. Nós às vezes chamamos-lhe “Parte II”.

Episódio 2:
Um dia conhecemos um homem chamado Fome. Ganhou a alcunha quando um dia foi nadar para o alto mar e foi engolido inteiro por um tubarão com mais de 20 metros. Fome, no entanto, era dos piores e mais teimosos homens que alguma vez nasceram. Não querendo perder, também me esqueci de mencionar que era parvo, resolveu fazer o mesmo ao tubarão e começou a comê-lo por dentro. Passada uma semana, Fome deu à costa dentro da carcaça do tubarão morto.
Ele foi uma lenda e muitos não acreditaram naquilo que lhe aconteceu, mesmo quando ele se recusou a comer peixe durante 20 anos. Quando o conhecemos, perguntámos-lhe o que ele teria mudado na sua vida. Ele respondeu que gostava de ter sido um melhor pai.
Gostava que ele ainda fizesse parte do nosso mundo mal desenhado, mas disseram-me que na semana passada um grupo de tubarões matou-o como vingança. Espancaram-no até à morte.

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