terça-feira, maio 30, 2006

A perfect circle

Dialogo entre o homem de 45 e a sua picha:




“Dead as dead can be,” my doctor tells me
But I just can’t believe him, never the optimistic one
I’m sure of your ability to become my perfect enemy
Wake up and face me, don’t play dead cause maybe
Someday I will walk away and say, “You disappoint me,”
Maybe you’re better off this way

Leaning over you here, cold and catatonic
I catch a brief reflection of what you could and might have been
It's your right and your ability
To become…my perfect enemy…

Wake up and face me, don’t play dead cause maybe
Someday I’ll walk away and say, “You disappoint me,”
Maybe you’re better off this way

Maybe you’re better off this way
Maybe you’re better off this way
Maybe you’re better off this way
You’re better of this…you’re better off this…
Maybe you’re better off!

Wake up and face me, don’t play dead cause maybe
Someday I’ll walk away and say, “You fucking disappoint me!”
Maybe you’re better off this way

Go ahead and play dead I know that you can hear this
Go ahead and play dead
Why can't you turn and face me?
Why can't you turn and face me?
Why can't you turn and face me?
Why can't you turn and face me?
You fucking disappoint me!


Passive aggressive bullshit




Yours sincerely...............Kid_d

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terça-feira, maio 23, 2006

You can´t quit me baby.

"Isso, vai a correr para os braços dele.
Não esperes que eu vá entregar prendas no ttttteu casamento.
E as coisas por que passámos juntos hã?
Estás a come...fazer um erro, amanhã vais estar aqui a chorar baba e ranho aos meus pés.
A ajudar-me a embrulhar cenas.
És igualzinha à tua....como é que se diz?...mãe, és igualzinha à tua mãe, eu sabia...só podia, quem sai aos seus é de Genebra ó caralho fodasse.
Ele ao menos faz alguma coisa? ELE AO MENOS FAZ ALGUMA COISA?
Eu trabalho ok? É pouco mas tem chegado para por coisas na tua boca...comida tem chegado para por comida na tua boca.
E os teus amigos, aqueles palhaços...ahahaha...gandas ótarios...
Vais notar que não me vais ter por perto. Nunca mais vou estar onde tu vais estar...estárás...merdda....~
Se estivesses aqui para ouvir isto tudo.
Tu não me podes deixar, é impossivel, é ilegal.
Não te consigo ver apaixonada, a gente ve-se por ai.
És uma vaca mãe-natal.
És uma VVVVVacaaaaaaaaaaaaaaaaaa........hmpaoyubsabvlalsidasdguya."
























Yours sincerely...............Kid_d

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sábado, maio 20, 2006

The new and improved old fashioned

Para quem ainda não reparou mudámos o template.
Esperemos que gostem, digam se gostam ou não.









A Gerência.

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Pensamentos do Dia






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sábado, maio 13, 2006

Bugias e Eu.

Bugias era um gato.
A feira só abria às 7. Eram 5 da manhã e eu já estava ao lado daquele portão danificado por chuvas àcidas e a chorar mijo de um cão que coxeava duma pata e que quando passou por mim não fez um ar muito amigavél.
Um bófia com muitos kilos a mais abre o portão daquela feira ilegal, era ilegal mas o mestre de cerimónia era um policia, é que sabem, há poucas coisas que um fellacio da filha da Dona Cleutilde não possa comprar...mas isso é outra história.
Era o meu primeiro dia como feirante, a minha festa de boas vindas foi feita por um bêbado, a unica pessoa que eu conheci que às 6 da manhã já tinha sangue no alcool em vez de alcool no sangue. Ele era o unico que parecia notar que eu era novo ali, pelo menos era o unico que, bêbado, me cantava uns "la la la la la ra ra ra ra"...claro que eu entendi aquilo como uma festa de boas vindas.
Estendo a minha traquitana- esta palavra é simplesmente genial- o meu cobertorzinho...estendo as minhas merdas, algumas acabadas de roubar pelo Eufélio que era um rapazito cigano que já me conhecia de outras andanças e que desde que eu lhe dei um chocolate dá-me todas as coisas que fana aos que por ali passam...estendo o cobertor cinzento...às vezes nem sabia o que se desenrolaria do cobertor e seria impingido às pessoas por mim. Começo o meu show, por gritar consideravelmente alto:

"Vá só virar aqui à direita e têm aqui um vendedor para vocês.
Todos somos os vendedor.
Você pode ser o proprietário orgulhoso desde produto de qualidade, compre antes que o preço chegue a um décimo do Euro.
Quer perfume? Quer perfume? Que tal um anel de noivado?
Algo para a senhora pequena, algo para a senhora pequena, algo para a senhora pequena.
Nós começámos uma venda branca e agora aqui tem uma mobilia danificada por fumo de tabaco, quem não quer isto meus senhores? quem não quer isto? digam-me e eu dou-lhe uma bofetada.
Esqueça o intermediário fale comigo minha senhora fale comigo fale comigo.
Isto encontra-lhe um chinelo À muito perdido debaixo do seu sofá
Isto fá-lo viver
Isto entretem familiares que estão de visita
Retira nódoas embaraçosas nos lençois brancos
Transforma uma sandes num banquete
Isto acaba com as suas dividas de jogo
Passea o cão
Rouba o seu carro
Isto fá-lo deixar de fumar
Arranja-lhe um trabalho.....é um trabalho.
Isto tira-lhe manchas de baton do colarinho da camisa
É seu amigo é seu companheiro
Dá-lhe uma erecção
Saiu-lhe o jackpot jackpot jackpot"

Esta lenga-lenga que eu acho genial e que eu dizia com um ritmo de blues foi a unica que me ficou do meu avô, quando eu tinha três anos lembro-me de ele não parar de dizer isto quando era ele o feirante....outros tempos.
A nossa feira era diferente de todas as outras, dava-se todos os dias e abria às 7, fechava à meia-noite e meia...
O entusiasmo e genica dos vendedores esvaia-se nas primeiras 5 horas, passado essas 5 horas quem quisesse comprava, quem não quisesse "que se vá foder", como dizia Maria Papoila.
Já de noite, estavam quase a dar as 12 badaladas, quando o bêbado ainda bêbado vê um gato com pêlo cor-de-laranja que ofuscava como o sol debaixo da luz daquele candeeiro de cabeça baixa, ninguém acreditou mas pouco tempo depois, o tempo do gato chegar até nós, vimos efectivamente um gato com pêlo cor-de-laranja e branco, contudo o branco tinha-se transformado num amarelo sujo. O gato olha com cara de poucos amigos para todos, não se roça nas pernas de ninguém...puxa uma bola de pêlo bem de dentro de si e regurgita-a com toda a força, a bola bate na parede duma casa e essa casa desmorona-se imediatamente como se fosse um castelo de cartas...olha para mim pelos cantos dos olhos e pergunta-me:
- Tens heroína?
- erm...Não.
- Queres? Olha que dá bom dinheiro baby boy.
- A...a sério?
- Aahaha, olha chavaleco, como é a tua primeira vez esta levada de heroína é de borla ok?

Olho em volta e os olhares dos presentes não dizem nada, não querem dizer "não aceites", porque o negócio pode correr bem e depois eles também quereriam heroína para vender, não querem dizer "aceita" para não terem na consciência a minha possivel ida para a prisão...não dizem nada.

- Aceito.

O gato ri um riso que em nenhum dos cenários poderia ser bom para mim. Começa a caminhar para a escuridão, dá dois passos, ainda debaixo daquele candeeiro que olhava de cabeça baixa para ele pára...volta-se para nós.

- Ah! O meu nome é Bugias.

No próximo dia tudo começou normalmente até precisamente ás 23h52m45s, que foi quando apareceram sem exagero 100 pessoas à procura da minha heroína, da heroína do Bugias.
Faturei na meia hora seguinte o que facturava em dois anos de feira, os clientes eram finos e pagavam a peso d´ouro.
Fiquei feliz da vida, sem pensar nas consequências, sem pensar que haveriam consequências que eu mais dia menos dia teria de pagar.
Passado dois dias já vinha de limousine para a feira, já tinha Bling-Bling, já tinha tanto dinheiro que já não tinha Bling-Bling, tinha Fling-Fling...e enquanto os olhos do bófia estavam tapados por fellacios os meus estavam cheios de dinheiro e só viam o dinheiro que ainda poderia ser ganho.
As visitas de Bugias tornaram-se regulares, vinha de três em três dias vender-me a sua heroína. Na sua terceira visita ensina-me um truque que me valeu muito mais dinheiro.

- Chavalo, tás a ver este montinho de heroína? Espetas-lhe um soco *Wham!* e voila tens cocaina.

Meu Deus o gato transforma heroína em cocaina...vou ter colhões de dinheiro, nessa altura esse pensamento bastava-me...começá-mos a ficar amigos e já nos tratavamos por tu, embora Bugias ainda desprezasse todos os outros seres vivos acho que posso dizer que eramos amigos.
A manhã após a noite em que Bugias me ensinou a transformar a heroína em cocaina o bêbado já estava bêbado e drogado, Licor Beirão, heroina e cocaina...não sei como ele se aguentava, mas se ele aguentava aquilo então...então ele era imortal. Com todos estes alucinogénicos o bêbado/drogado ainda tem faculdades para tocar/compor esta musica numa guitarra sem cordas que eu lhe tinha mandado.

"young teenagers are all hooked in dope
they smash some heroin and turn it into cocke
and when Catherine smokes a joint
she´ll be losing by one point
she wanted to flee
but i fucked her in the knee."

O dia corre às mil maravilhas, era o ultimo para mim, já tinha dinheiro suficiente para viver o resto da minha vida gastando 1 colhão de dólares por hora...já estava satisfeito, contudo tinha que esperar até à hora do fecho.
Meia hora antes do fecho aparece-me outra vez Bugias, vem sorridente contente pelo meu sucesso e pelo dele...apoia-se nas suas patas traseiras e levanta-se para me comprimentar...nesse momento leva um tiro na pata direita...era o principio do fim.
Um esquadrão policial de armas apontadas a nós...ninguém me tinha informado de nada, a inveja manteu-lhes a boca fechada, só o bêbado não sabia de nada...eu conseguia ver isso no olhar que ele me mandou quando as miras das pistolas acabavam na minha testa. Como é que isto pode ter acontecido? Lembro-me de gritar:
- ATÃO E OS BROCHES BÓFIA GORDO? OS BROCHES!!!!! OS BROCHEEEEESSSSSSSS!!!!!!!!
4 dos 5 bófias mandam-se a mim como leões, um dirige-se para Bugias...contudo a ultima coisa que vejo antes de cair inconsciente no chão é o gato com pêlo cor-de-laranja e branco (sujo), a fugir do alcance do guarda magricela e alto que o tentava apanhar.
Acordo na sala de interrogatório para ouvir o bófia gordo a dizer que a filha da Dona Cleutilde tinha-lhe aleijado a genitália com um dente partido que ela tinha....assim ele entrou em acção.
Fui acusado de traficar droga. Ele queria que eu dissesse o nome do meu colaborador. Não abri a boca a não ser para bocejar.
Apanhei 15 anos, vou no segundo mês, ontem Bugias veio visitar-me, ajudado por uma muleta o gato ferido numa perna estava diferente, mas estava no caminho para uma mudança que segundo ele seria ainda maior.

- Eu vou-me endireitar- disse ele- mais um tempinho de fisioterapia e este gato que tu vês deixará de ser coxo. Não vendi mais droga desde que foste preso. Domestiquei-me sabes. Se reparares bem já não vez a parte de mim branca, amarelada por causa do tabaco...estou limpo- dizia ele com um sorriso nos bigodes- Até tenho Dona, quer dizer Donas...elas tratam-me bem.
Mas continuo a fazer uns trabalhos por fora para quando saires ter dinheiro para compensar o tempo que vais estar ai.- eu não dizia nada, ouvia-o simplesmente.- Quando saires da prisão e eu já tiver o dinheiro suficiente deixo as minhas Donas e compramos uma casa, voltamos à feira, venderemos os dois.
Poisa o telefone, olha-me pelo vidro e espeta os seus bigodes contra o mesmo com uma força consideravél...não o vi desde então...passaram-se 10 anos.....










Yours sincerely...............Kid_d

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sábado, maio 06, 2006

Biografias

Já há algum tempo que ando para meter no Boião estas biografias, mas como a preguiça para estes lados costuma estar sempre em alta, eu deixo-me ir na corrente e não escrevo nada! Mas hoje até estou um pouco activo (e para não falar que estou a fazer o meu segundo post seguindo, que já é uma marca minha neste espaço virtual) e decidi em finalmente dar-vos a conhecer as biografias dos membros da banda Xico Mendes & Xicometes. Maior parte de vocês já nem se deve lembrar de quem são aqueles atrasados mentais que fazem música, mas nunca é tarde para recordar. Para quem ainda se lembra, e para eles mando um grande abraço e um beijinho (desejando a morte a todos aqueles que se esqueceram, eu odeio-vos com todas as forças que eu tenho neste corpo), a banda tem estado muito parada pois está a guardar a produção das últimas músicas do segundo cd para coincidirem com a gravação do documentário que estou a preparar sobre a banda (que deverá começar a ser filmado no Verão).

Agora tomem lá uma pomada de biografias!

Xico Mendes

Nasceu e cresceu em Camarate, onde desde tenra idade aprendeu a arrumar carros como um génio. Andou na escola primária e tentou a escola básica, mas devido a não conseguir parar de formular rimas obscenas e nojentas, acabou por ser expulso de 30 escolas. Aos vinte anos decide que a arrumação de carros é o curso que sempre quis ter.
Cresceu com o seu amigo, e colega de trabalho, Joselito, um espanhol que andava a fugir à polícia. Foi com joselito que Xico Mendes ganhou o gosto pela música. Tentava tocar e cantar para ser famoso, mas algo falhava, não tinha instrumento. Numa manhã, uma guitarra caiu dos céus e acertou-lhe na cabeça. Xico, completamente em extase, viu aquilo como um sinal de Deus e decide abandonar a vida de arrumador de carros e dedicar-se a tempo inteiro à sua música (veio-se a descobrir que um vizinho estava a fazer as mudanças e que era músico).
A partir desse momento, Xico Mendes arranjou um contracto com uma discografia e conseguiu editar 4 trabalhos a solo. Em 2003, de modo a espalhar a sua música, junta-se ao programa de rádio Boião de Cultura juntamente com Zé Mariano, Zé do Buçaco e Doutor Galochas. É com esta mesma trupe que Xico Mendes cria a banda Xico Mendes e Xicometes de modo a alargar toda a sua concepção de música.
Hoje é um homem de 30 anos, toxicoindependente (diz que não está dependente, mas que mesmo assim está um pouco tóxico), ainda arruma carros em Camarate e divorciado da irmã.

Discografia de Xico Mendes

1º Cd- Chiribiri Baitebaite

2º Cd- Elásticos

3º Cd- Headphones

11º Cd- Hospital (já com participações de Zé Mariano e Zé do Buçaco)

Zé Mariano

Nascido em Lisboa a 14 de Abril de 1970, Zé Mariano é o exemplo claro de uma mente brilhante para a escrita. Desde muito novo que começou a escrever as coisas que via e a inventar histórias para os seus amigos. Visto sempre como um aluno exemplar e bem comportado na escola, Zé Mariano era o menino dos olhos de sua mãe.
Após ter terminado o ensino secundário, Zé já não era o menino que tinha sido. Agora escrevia histórias rudes e realistas sobre as ruas de Lisboa, as mesmas ruas que ele frequentava. Utilizando um grande número de asneiras, Zé rapidamente tornou esta maneira de pensar na sua forma de escrita. Apesar de as suas notas terem sempre sido acima da média, ele começava a perder a paciência para os seus colegas "meio rabetas, meio atrasados mentais" (isto nas próprias palavras de Zé Mariano). Contudo, Zé tenta o ensino superior e entre facilmente na Universidade de Letras em Lisboa, onde procurava lançar pelo país, ou dar a conhecer, toda a sua obra. Poucos meses depois, é expulso da universidade por má conduta na publicação do jornal e de um texto que ele próprio escreveu, intitulado " Vocês não percebem é um cú desta merda". Este texto mostrava a raiva crescente em Zé por toda a maneira de pensar daquela gente. Fica grato por ter sido expulso.
Um ano depois é contratado por um chulo para escrever o seu dia-a-dia. É com estas aventuras que Zé mergulha na noite de Lisboa, esta que influênciou e acabou por moldar a sua arte poética. Após ter estado dois anos a escrever o dia-a-dia do chulo, e até porque o chulo foi preso, Zé segue para outra batalha, editar livros seus. No início dos anos 90, Zé era uma pessoa completamente diferente: tinha-se transformado numa pessoa rude, suja, barulhenta, quase anti-social que cuspia para as pessoas em sinal de conhecimento. Não consegue editar nenhum dos seus livros e mete-se na bebida. Após uma das suas loucas noites em Lisboa, Zé conhece o Doutor Galochas, este que o ajuda a recompor-se.
Após um ano sem escrever nada, Zé tenta novamente editar a sua primeira e verdadeira obra literária, Teorias do Não-ser Sendo, livro em que demonstrava teorias que podiam revolucionar o mundo. Era também uma maneira de mostrar ao mundo a sua maneira de pensar, e todo o mundo agradeceu. O livro foi aclamado pela critica ganhando um prémio de melhor livro no Botswana.
Ao longo da década de 90 continuou a publicar livros, sempre com um enorme sucesso. É já no século XXI que Zé experimenta a rádio e cria o programa Boião de Cultura juntamente com Doutor Galochas, Xico Mendes e Zé do Buçaco. No verão de 2004 entra no projecto Xico Mendes e Xicometes. No presente, está em sessões de gravação do novo cd de Xico Mendes e Xicometes e está a preparar o seu novo livro, do qual apenas adiantou: "é um livro com páginas, podem estar escritas como também podem estar brancas".

Bibliografia de Zé Mariano
1º livro- Teorias do Não - ser Sendo
2º livro- Diálogos com alguém que não te quer ouvir
3º livros- Contos
4º livro- (reedição do livro) O chulo e Eu
5º livro- O que Platão teria escrito se fosse do século XXI

Zé do Buçaco

Este é o membro mais esquisito e sombrio do grupo. Pouco, ou quase nada, se sabe sobre este homem. Apareceu simplesmente um dia no estúdio do Boião de Cultura durante a gravação do primeiro programa. Do modo esquisito como se comportava e dos barulhos estanhos e efeitos vocais que fazia, os restantes membros decidiram contratá-lo. Também no verão de 2004, juntou-se ao projecto Xico Mendes e Xicometes como um dos back vocals.
Do seu passado apenas se sabe que esteve envolvido em lutas contra a P.I.D.E. e também andou fugido, isto depois do 25 de Abril de 1974, e camarada do poeta e nervo Batista Bastos. Não se sabe mais nada, mas se tiverem mais informações ou se conhcerem o Zé do Buçaco digam qualquer coisa. AH, e canta com muito gosto "Eu sou o Zé do Buçaco, o homem que comeu a mãe e os três netos" (o pior é que ele não tem mais do que 35 anos).


OK, este post deve ter ficado enorme, mas espero que gostem do material de primeira categoria que está á vossa frente. Para além disso, eu já há muito0 tempo que não escrevo para o Boião, por isso, esta é a paga (e o Kid_d também se farta de escrever, vão-se foder! Para além de ter estragado todas as melhorias que já tinhamos feito ao Boião!)

Obrigado.

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White Ninja

















Para verem mais do White Ninja vão ao site: www.whiteninjacomics.com

Foi mais um conselho do vosso amigo, Paperbag_writer!


Obrigado.

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terça-feira, maio 02, 2006

Lucky Day

Saio dali a correr pela estrada fora tentando pensar pouco no que fiz, desato-me a rir e ato-me outra vez para ver o céu a ficar azul. Já estou muito longe do sitio que deixei a pouco, esse longe parece-me um passo olhando para trás, tenho de continuar.
Perdi a minha mulher no poker.
Acontece, como aquele programa cultural que dava na rtp 2, acontece.
Tinha a mão perfeita, estava imparavél nem Deus me ganharia nessa noite, se Deus me desafiasse eu "chuparia" todas as fichas dele e depois via-o à saida deitado no chão ao lado de uma garrafa de licor beirão...mas tal não aconteceu, não venci Deus como não venci o meu adversário Teddy Zarolho...o cabrão que só tem um olho ganhou-me no poker...
Tinha a mão perfeita, 5 ases.
Mas na devida altura perfeita não chegou, tinha que ter mais que perfeita.
Eu tinha 5 ases, Teddy Zarolho tinha 6 ases.
Assim a mulher mais bonita do mundo, a minha, deixou de ser minha e passou a satisfazer todas as vontades de Teddy.

-Olha querida eu vou só ali à casa de banho, fica aí com esse senhor que eu já volto.

Murmurei "a gente ve-se por aí." comecei a corrrer e só parei agora, estou capaz de regurgitar um pulmão, ou cuspir o meu apêndice.
Estou completamente perdido, o que é que eu faço?
Eu precisava do dinheiro que não ganhei...EU PRECISAVA DA MERDA DO DINHEIRO!!!
Não tinha nada, perdi o carro no poker , a casa no poker, a mulher no poker, os gémeos no poker, a minha virgindade no poker...não tinha nada.
Espera, tenho a bisnaga...a bisnaga que era para oferecer ao meu sobrinho pelos anos...não apareci na festa porque esbarrei contra o Zarolho que me convidou para o poker, a culpa é toda dele, vou mata-lo...pera não posso mata-lo com uma bisnaga. Não posso? vou afoga-lo até à morte.
Salto feito puto e saiem lágrimas de alegria de mim, a bisnaga era tudo para mim a minha felicidade deprimente de quem não tem nada, e de quem faz tudo apartir do nada...aquela bisnaga era o amor, os filhos, o dinheiro, uma fogueira e uma guitarra.
A minha dança estupida atraiu a atenção de um homem que estava a levantar dinheiro do outro lado da rua.
"A levantar dinheiro?", pera aí "vou te roubar madafacar".
"Passa!"
O homem careca mija-se todo, mal sabia ele que o máximo que eu lhe poderia fazer seria molhar-lhe o cabelo ou engasga-lo com um esquicho de agua.
O pobre senhor que me deu o seu dinheiro todo- que não era pouco- ficou espantado por eu ter pedido desculpas à medida que caminhava, mais uma vez...para fora de um sitio onde tinha perdido tudo.
45 minutos depois estou no hospital mais próximo...entro pelas urgências adentro de bisnaga em punho, o pessoal deita-se todo no chão.
"Façam-me feliz. JÁÁ!" e estupidamente primo o gatilho da minha bisnaga roxa, contudo o facto de eu não ter uma arma de verdade foi encuberto mais uma vez, desta vez foi pela estupidez do gajo que tinha sido atingido que, assim que sente a agua na sua pele começa a gritar "ÁCIDO ÁCIDO" e cai no chão sem nada e tão saudavel como quando entrou ali.
"Eu tenho dinheiro, eu posso pagar."
O unico médico que ouviu o meu pedido chegou-se ao pé de mim.
"Eu posso faze-lo feliz...implanto-lhe este chip e o senhor deixará de ter as memórias que o atormentam, ficando só com as...."
"CALA-TE CARALHO! FAZ-ME ISSO JÁ!"
Acordo não sei quanto tempo depois, sorrio não há preocupações, apetece-me levantar-me a abraçar o homem na cama ao lado que sofria atrozmente...apetece-me dançar em cima da cama ou simplesmente olhar pela janela e ver o pássaro roxo que poisou num ramo que se mexia suavemente empurrado pelo vento, passaro roxo que saltava no ramo fino.
Não fiz nada disso, a bófia é que acordou.
"Fiz-lhe a operação, mas não posso evitar que a policia o prenda por entrar no hospital armado."
"O quê? Eu fiz isso? Peço desculpa."
Tiram-me as amarras que me prendiam à cama e levam-me para a esquadra...pensava eu que me levavam para a esquadra...levam-me para um armazém.

-Aqui o tens Teddy.
-Obrigado Leonardo, dá os meu cumprimentos à Lidia.
-...Boa noite.

À minha frente estava um homem não muito alto que tinha um urso de peluche deitado no braço esquerdo e que não tinha o olho direito.
Como uma criança, como um reflexo pergunto como perdeu o olho.
Não reparo na mulher atrás dele com pele velha quase que a apodrecer assim como ele não repara na minha pergunta.
Três gordos do meu lado esquerdo começam a tocar um jazz e por vezes um blues fodido, desculpem a linguagem mas não há outra que descreva aquilo que ouvi....quer dizer, ouvi pouco e o que ouvia só ouvia no intervalo de socos extremamente violentos que chegavam a mim através de um homem grande, pálido, gordo e forte.

- Então, achavas que me poderias escapar?- diz o zarolho- o combinado não era só a mulher, então e a tua vida? tu apostaste a tua vida...não me venhas com merdas, a tua vida é minha.
Não percebia nada do que ele dizia.
O homem dos socos pára...vai buscar uma daquelas merdas para queimar gado e ri-se para mim.
Assim que o ferro começa a tocar na minha cabeça sinto o calor mais quente do que todos os outros calores, mais quente do que um pensamento que envolve-se a Monica Belluci e um jacuzzi...fodasse meu....era preciso fazer isso?
Ele afasta-se e grande parte do calor também. Começa a rir, agora tenho cravado a calor na cabeça a frase : i´m a fag-pedo-vuaier.

-Hey- diz o zarolho- tá mal escrito, não é "vuaier" é "voyeur".

O riso do homem grande, pálido, gordo e forte transforma-se em raiva e como resultado disso quase que me parte o crânio em dois com aquela direita fudida, desculpem a linguagem mas só assim consigo descrever aquele bonito momento.
Por entre o fio de sangue que saia da minha cabeça e aterrava no chão, por entre o cheiro a queimado vejo um quadrado cinzento a cair não sei bem de onde, já não sentia grande coisa.
E derepente bateu-me, tal e qual aqueles socos que apanhava ainda à pouco...
Perdi tudo no poker, a minha mulher aquela ao fundo com ar e com tudo de velha...

-Laura?!
-O gajo agora é cyborg é?- diz o gordo.
-Caga nisso, deve ser algum jogo do gameboy que ele não queria perder no poker e por isso implantou-o na cabeça. Então migo? Tudo o que foi teu agora é meu.....tu és meu, a tua vida é minha.

Como pude ser tão estupido? porque é que aceitava os convites de Teddy Zarolho para os jogos?
como é que perdi tudo? como cheguei a isto?
O passado parecia-me irreal, não queria saber o que era aquele quadrado cinzento, agora não importava. É um sonho? só pode....não, não era um sonho mas eu ainda tinha o sonho de que qualquer coisa que fizesse me iria tirar dali na boa, no chill. Mas não.

-Acabou-se partner, eu sou detentor da tua vida e não me sinto satisfeito com ela, é como um produto defeituoso que devolvo...e por isso vou-te devolver ao teu criador.

Aponta-me uma pistola.
Fosgasse, é agora...tenho de pensar, como é que vou sair daqui?
PENSA!
PENSA!
PENSA!
PENSA!
PENSA!

-hey!!!! Um baralho de cartas não tem assim tantos ases!!!!!









BANG!!!!!!!!







Yours sincerely...............Kid_d

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