quinta-feira, abril 29, 2010

Pensamento do Dia

Os Centros de Emprego não gostam de argumentistas.



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quarta-feira, abril 28, 2010


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terça-feira, abril 27, 2010

Schiz da Publicity #1

E aqui está, a primeira publicidade para os Schizling the Cruise e o EP "Sensual Electronika"! Visitem o myspace e oiçam as músicas. Este vídeo foi claramente foi claramente filmado no Inverno, mas vamos tentar viver no presente, pessoal.

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segunda-feira, abril 26, 2010

Verdades #4


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O JohnSamus gosta deste album #3

Daughters - Daughters


Depois de duas semanas a falar só de Sonic Youth, penso que já merecia um pequeno descanso. Já ando para falar neste álbum há algum tempo, mas como o especial se meteu pelo meio, resolvi concentrar o tempo do blog nele. Mesmo assim, se vos apetece um álbum mais pesado, com mais energia e barulho, oiçam este dos "Daughters". Talvez não seja para todos, mas foi um álbum que me apanhou um bocado do nada e surpreendeu-me. Estava a precisar de um álbum assim, cheio de energia e que me fizesse andar aos saltos enquanto tentava perceber o que raio o vocalista estava a dizer (murmurando coisas parecidas). De certeza que não vai ganhar prémios ou grande aceitação da critica, mas é muito bom para aquilo que é. A mim já me despertou o interesse para o resto da discografia da banda e sempre dá para variar um bocado.
Se gostam de sonoridades mais pesadas, mais perto do metal ou até do hardcore, experimentem. Eu cá já não ligo muito ao metal e nunca gostei de hardcore, e muito sinceramente gostei deste álbum. Talvez seja porque o vocalista não passa as músicas todas a gritar, mas pronto, isso é um problema que tenho com o género. Há quem lhe chame "art metal" ou "mathcore". Oiçam a música "The Hit" e logo vêem.


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sábado, abril 24, 2010

A Busca - Parte 3

Ainda sem a primeira parte, continuamos à procura daquela pessoa especial. Será que é desta que conseguimos? Este sketch já foi filmado há muito tempo, mas só agora é que tivemos oportunidade de o colocar na net. "Realizado" e montado pelo senhor Nuno Rocha (o gajo dos Schizling the Cruise), este é mais um dos skecthes que fizemos como publicidade parva para o blog.
Ainda temos muitos mais para mostrar, tal como publicidade para o EP dos Schizling the Cruise. A ver se conseguimos despachar tudo o mais depressa possivel.


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sexta-feira, abril 23, 2010



E agora, uma espécie de música da semana. Enquanto vou entrando cada mais no mundo da música electrónica por causa dos Schizling the Cruise (já estou a trabalhar no próximo EP, e sim, eu sei que o outro ainda não saiu, mas acalmem-se), lá vou encontrando grandes inspirações para fazer aquilo que supostamente faço na banda e que muitos gostar de chamar de música. Excelente música para relaxar depois do concerto dos Sonic Youth!

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quarta-feira, abril 21, 2010

És racista quando...

...A núvem preta de cinzas não é de cinzas.




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terça-feira, abril 20, 2010

Sonic Youth - The Eternal


Depois de duas semanas de especial, chegamos finalmente ao último álbum da banda. "The Eternal" foi lançado em meados de 2009 e a recepção não foi nada do outro mundo. Depois de me ter afastado um bocado da banda, decidi ouvir este álbum na esperança de reencontrar algo que me atraisse no passado e pudesse voltar à minha antiga banda favorita. No fundo, eu sabia que me ia desiludir e a primeira vez que o ouvi...nem consegui chegar ao fim. Tentei várias vezes até acabar por desistir. Apenas consegui ouvir este álbum do inicio ao fim umas duas vezes e o mais triste é que já estou a contar com a vez que ouvi hoje para o puder analisar.
Será um mau álbum? Mais uma vez não, não é um mau álbum. É, isso sim, uma desilusão. Quando somos mesmo fãs de alguma coisa, temos duas formas de olhar para as coisas: tudo o que a banda faça será sempre mesmo muito bom ou a mais pequena mudança faz com que se estrague tudo. No meu caso, estando já desligado dos "Sonic Youth", foi sentir que estavam a fazer mais do mesmo. Depois de três álbuns mesmo muito bons, fazem um totalmente desinspirado e desinteressante. Assim que acaba, poucos são os momentos que nos ficam na cabeça. O mais provável é que nem fiquem com vontade de voltar a ele para ouvir uma única música que seja. E mesmo assim, não é um álbum mau.
Mesmo não sendo do melhor que já fizeram, as músicas não são más. Têm momentos muito bons, sinais claros dos tempos áureos da banda. Denotei mais isso na parte mais instrumental das músicas ou nos refrões. Parece que foi um álbum feito para tentar agradar o maior número de pessoas possível, mas sem tendo noção daquilo que estavam a perder. Sinto, e posso estar a exagerar, que basta ouvirem uma música para ouvirem o álbum todo. Devo dizer que é mais um álbum cansativo do que propriamente mau. Mais uma vez, passei quase o tempo todo a olhar para a quantidade de músicas que faltavam para acabar e isso é do pior que pode acontecer.
Depois de re-ouvir toda a discografia da banda, não tenho quaisquer dúvidas que o "The Eternal" não é algo que vá perdurar. Acredito que seja um álbum de passagem (talvez até mais que o "Experimental Jet Set, Trash and No Star" que o álbum que falei ontem) e que o próximo seja muito melhor. É bom ver que ainda conseguem fazer boa música, até mesmo num álbum tão pouco memorável. Talvez seja eu que no fundo não queira gostar deste álbum, mas tenho de ser sincero ao dizer que tirava apenas umas três músicas e o resto mandava para o lixo. Mas, e espero que tenham aprendido isso ao longo do especial, os "Sonic Youth" são uma banda espectacular, das melhores alguma vez criadas e se há coisa que eles não têm é um álbum genuinamente mau...quer queiram ou não acreditar.
Bem, para as músicas...acho que podem ficar com a "Anti-Orgasm" e a "What We Know". Penso que são dois bons exemplos...pelo menos acho que sim. Senão, epá, oiçam o álbum!
E pronto, já acabado. Mais um especial manhoso do Boião de Cultura que chega ao fim. Foi um prazer revisitar a discografia dos "Sonic Youth". Redescobri coisas que adorava neles e aprendi muito mais desde que deixei de ser obcecado. Podem não ser as melhores criticas, mas tentei ser o mais honesto possivel em relação aos meus próprios gostos e experiências ao longo dos álbuns. Muito deles serão álbuns que ficarão na minha memória até morrer, muitos deles ainda são meus favoritos, por isso, sinto que voltei a dar o devido valor que a banda merece. E para todos os que gostam, não é de mais salientar que o concerto é já no dia 22!




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Sonic Youth - Rather Ripped

"Rather Ripped" é um bom álbum. Mesmo sendo inferior aos últimos dois, é um álbum extremamente divertido de ouvir. As músicas são cativantes e mais mexidas. Não vou ao ponto de dizer que é mais fácil de ouvir, mas começamos a sentir aqui uma pequena mudança. O ambiente não é tão coeso e tem músicas que quebram completamente a "awesomeness" do álbum. Não é perfeito, nem é mau. É, isso sim, melhor do que muita coisa que eles fizeram.
Lembro-me da primeira vez que o ouvi. Depois de arranjar alegremente uma versão "leaked" na internet muito antes do lançamento, fui alegremente para a escola a ouvir o álbum. Este era, se não estou enganado, a primeira vez que tinha ficado ansiosamente à espera de um novo álbum dos "Sonic Youth" (penso que quando comecei a ouvir, o "Sonic Nurse" já tinha saido) e foi uma excelente experiência. Durante semanas não me calei. Adorava o álbum e estava mais do que contente por não ser uma desilusão. Mesmo com colegas meus a dizerem que "não passava mais do mesmo", senti que havia aqui algo de novo. Hoje percebo melhor o que eles estavam a dizer, mas continua a ser um bom álbum.
Se tivesse de o comparar, este seria o "Experimental Jet Set, Trash and No Star" dos 00s (e muito superior, claro). O que eu quero dizer com isto é que funciona como o final de mais uma era da banda. A formula do "Murray Street" já estava a desaparecer, tendo sido quase esgotada no "Sonic Nurse". Sinto que eles queriam mesmo experimentar algo novo, mas ficaram a meio do caminho. Nem novo, nem antigo, uma espécie de hibrido que realmente poderia ter sido melhor do que aquilo que é.
Tem músicas mesmo, mas mesmo muito boas. Mas...tem o problema que muitos dos seus álbuns dos 90s tiveram: músicas pouco memoráveis (ou más). É que são músicas que quebram completamente o álbum. Se tivessem tirado uma ou duas, tinha sido quase um álbum perfeito. Aliás, mesmo tendo músicas mais pequenas e acessiveis, deu-me a sensação de ter custado mais a ouvir que o "Sonic Nurse" e penso que isso se deva à existência de uma estrutura não tão sólida (músicas mal colocadas ou que nem deviam estar no álbum). Claro que isto podem ser apenas tretas que eu estou para aqui a dizer e não percebi nem metade do que eles queriam fazer.
No fundo, é um álbum que merece ser ouvido e adorado. Pode parecer que não gostei assim tanto dele, mas gostei. Como disse ontem, esta pseudo-trilogia é muito boa e mesmo sendo o elo mais fraco, sempre é melhor do que aquilo que está para vir. Tem ideias muito boas e músicas que ficarão na vossa cabeça durante muito tempo. Falando em músicas, desta vez trago-vos a "Jams Run Free" e a brutal "Reena".
E só fica a faltar o "The Eternal". Amanha no "season finale" do especial, teremos aquele que considero ser o pior álbum da banda. O álbum que me fez afastar de "Sonic Youth" e nunca olhar para trás. E muito provável, a razão pela qual eu estou a fazer este especial. Mas isso fica para daqui a bocado.




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segunda-feira, abril 19, 2010

Sonic Youth - Sonic Nurse


Apercebi-me que gosto muito da nova fase dos "Sonic Youth". Mesmo não sendo um amor tão grande como pelo inicio da carreira da banda, a verdade é que eu gosto muito desta pseudo-trilogia composta pelo "Murray Street", "Sonic Nurse" e o "Rather Ripped". Gosto da sonoridade, da calma, do sentimentalismo, da nostalgia e até de uma possível influencia de rock progressivo. Talvez tenha tudo acontecido enquanto o Jim O'Rourke se juntou à banda, mas estes álbuns são fantásticos. "Sonic Nurse" aproveita aquilo que "Murray Street" construiu e desenvolve. É um álbum mais composto e mais desenvolvido. Mesmo não sendo tão bom quanto o anterior, este continua a ser um álbum essencial para qualquer fã da banda.
Os "Sonic Youth" conseguiram grandes coisas com estes dois álbuns. "Sonic Nurse" desenvolve mais a vertente que eu penso estar mais próxima do rock progressivo e alternativo. Temos músicas maiores, bem pensadas e com boas partes instrumentais. Penso que há um maior cuidado com a parte instrumental e tal como no "Murray Street", o barulho fica mais uma vez do outro lado da porta. Sou até capaz de admitir que é um álbum muito mais sentimental e com um ambiente mais forte que o "Murray Street". Quando o ouvi novamente, pareceu-me ser um álbum mais melódico, com um ambiente muito demarcado. E, mais uma vez, eu não acho isso mesmo nada mal. Eu adoro as suas partes instrumentais e toda esta vertente mais calma. Mas eu também ligo muito mais à parte musical do que às letras. Não sei se faço bem ou não, mas mesmo tendo boas letras (ou secções de letras), nunca me pareceu ser o forte da banda. Por outro lado, neste álbum temos uma maior preocupação com as vozes e mais uma vez a voz da Kim Gordon volta ao patamar que eu sempre pensei que lhe pertencia.
"Sonic Nurse" vale mesmo muito a pena. Se gostaram do "Murray Street", não pensem duas vezes e oiçam imediatamente este. Em relação às músicas, fiquem com a "Stones" e a "I Love You Golden Blue". Uma delas porque é boa e não oiço falar muito, a outra porque é simplesmente bonita e penso que representa parte do sentimento do álbuns.




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domingo, abril 18, 2010

Sonic Youth - Murray Street


Uma vez disseram-me: "Se há coisa que os Sonic Youth nunca fizeram foi mudar". E eu nunca percebi isto. Como disse no inicio do especial, eu comecei pelos álbuns mais recentes e fui descendo. Se houve coisa que eu senti foi mudança. Tanto na construção das músicas como no seu som e até nas suas letras. Qualquer banda, que assim se intitule, tem de evoluir, de se transformar, de encontrar aquilo que realmente quer fazer. Resumindo, se não mudarem...morrem. Talvez esteja a confundir experimentalismo com evolução, mas para, mim, esta banda esteve sempre em constante mutação. E mesmo tendo sempre elementos que a caracterizam, ouvir um dos seus álbuns é sempre uma experiência nova.
"Murray Street" foi o primeiro álbum que ouvi dos "Sonic Youth". Foi este o meu ponto de partida. Terá sido o melhor? Não sei, mas que é um dos melhores álbuns que algumas fizeram, disso não tenho quaisquer dúvidas. É tão bem feito, tão coeso, tão "épico" que nos sentimos tão bem quando o acabamos de fazer. E no fundo, é tão simples. Mas é uma simplicidade pensada e construida, talvez até mais sentida e com significado. Muito mais melódico que qualquer um dos seus trabalhso anteriores, este é um ponto completamente diferente da banda. Nota-se assim que a excelente "The Empty Page" começa. É uma mudança tão clara e tão evidente que um sorriso nasce nas nossas caras.
Acreditam que eu não tenho nada de negativo (que seja válido) para dizer mal deste álbum? Eu começo a pensar que este está em segundo lugar no meu ranking, mesmo por baixo do "Sister". Eu gosto muito da fase ou vertente noise, experimental, que a banda sempre teve, mas neste álbuns as coisas mudaram mesmo muito. Não esperem nada do que já tenham ouvido. E mesmo adorando essa enorme parte da carreira deles, a forma como este álbum é feito compensa totalmente essa suposta perda. No entanto, existem sempre coisas que ainda servem de ecos para esses tempos. A "Radical Adults Lick Godhead Style" é um claro exemplo disso, principalmente na parte final.
Tendo ou não os elementos que aprecio na discografia dos "Sonic Youth", "Murray Street" é simplesmente um álbum quase perfeito e facilmente aconselhável. Estando a ouvir a discografia por ordem, consegui ver de forma mais clara a evolução da banda e grande parte dos seus defeitos. Para mim, os 90s foram uma época muito complicada para eles e infelizmente criaram álbuns que, mesmo não sendo maus, não eram nada do outro mundo. Este foi um "turning point", o "Daydream Nation" dos 00s e mesmo não sendo épico ou marcante como ele, continua a ser um álbum importante para a banda.
Para as músicas, fiquem com a "The Empty Page" e a "Radical Adults Lick Godhead Style", que foi durante muito tempo a minha música favorita. Ainda hoje é uma música que me arrepia, que me deixa nostálgico e até meio triste. Sinto sempre que é sobre perda, sobre deixar qualquer coisa...mesmo que a letra e o som sejam um bocado diferentes disso. Eu nunca disse que era bom a interpretar músicas, pois não?




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sexta-feira, abril 16, 2010

Sonic Youth - NYC Ghosts & Flowers



O gosto é uma coisa muito interessante. Supostamente, é algo que nem deve ser discutido e no entanto, é o que mais vemos por ai disfarçado de "critica". No fundo, todos discutem gostos quer tenham consciencia disso ou não. Tal como qualquer outra opinião ou gosto, os meus também podem ser discutidos. Com tudo isto, apenas quero dizer que gosto do "NYC Ghosts & Flowers".
E porquê esta introdução? Porque pelos vistos este é dos álbuns mais criticados da banda. O site "Pitchfork" dá-lhe um surpreendente "0.0" em 10 . No fundo, eu percebo as criticas. É um álbum complicado de ouvir, simples, mas ao mesmo tempo psicadélico e com um ambiente muito próprio. Li em qualquer lado que quiseram criar um álbum experimental de poesia e nota-se uma maior importância em relação às letras (não estou a dizer que são boas, até porque eu não lhes liguei nenhuma).
Mas no fundo, eu gostei de ouvir este álbum outra vez. Surpreendeu-me muito mais que o "A Thousand Leaves" e dentro do seu experimentalismo, pareceu-me ser muito mais coeso. Sinto que, a bem ou a mal, eles sabiam o que queriam fazer com este álbum. Gosto da sonoridade porque me faz lembrar um "Confusion is Sex" ou um "Bad Moon Rising" mais simples e não tão noise (ou No Wave, sei lá). E para mim, isso é mais que bom.
Não é um álbum perfeito e acredito que a maioria de vocês não irão gostar. Acredito que acabem por achar este álbum muito mais aborrecido que o "A Thousand Leaves", mas simplesmente não consigo concordar com isso. Talvez o meu conhecimento e gosto musical seja algo limitado para ver o quanto este álbum é mau. Talvez daqui a uns anos consiga perceber isso, mas hoje, neste preciso momento, eu gostei do álbum. Sendo-se ou não um génio, no fundo acaba por ser uma questão de gosto. Não sou nem acredito que um dia seja critico (quanto mais um dos bons) e é por causa disso que tenho um blog. Oiçam sem medos, mas se calhar é melhor deixarem para uns dos últimos.
"Nevermind (What was it anyway?)" e "NYC Ghosts & Flowers" são as músicas escolhidas. A primeira é o único single do álbum e uma das que eu ouvia mais quando descobri a banda. A última é, por assim dizer, a música épica do álbum, aquela que reune todos os seus elementos. É um bom exemplo daquilo que vão encontrar. Acho-a arrepiante, dolorosa, sentimental e uma das que me ficava mais na cabeça. Parece que isso vai voltar a acontecer...
E assim acabamos os 90s. Tecnicamente, "NYC Ghosts & Flowers" é de 2000, mas também me refiro à chamada "má época" dos "Sonic Youth". Têm ainda a "Free City Rhymes", que abre o álbum e é um bom ponto de partida. Sábado não vou puder escrever nada, por isso, domingo teremos um dos melhores álbuns da banda e um enorme "virar de página" para eles. Segue-se um dos meus álbuns favoritos: "Murray Street".

Nevermind.

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Sonic Youth - A Thousand Leaves

Surpresa das supresas. Se por um lado este especial me tem surpreendido pela positiva, finalmente acabou por dar a volta e deixar-me dar razão a mim mesmo. "A Thousand Leaves" é um álbum extremamente aborrecido e medíocre. Não sei se as horas estão a influenciar esta análise ou não, mas já há muito tempo que não suspirava enquanto ouvia um álbum. É cansativo, demasiado longo e sem um rumo concreto. Se querem um bom exemplo para aquilo que me tenho vindo a queixar (boas músicas, mesmo muito más músicas, álbuns medíocres), este é capaz de ser o melhor exemplo de todos.
A sério, eu nunca pensei que me fosse aborrecer tão depressa com este álbum. Estava à espera que isso me acontecesse com o "Washing Machine", mas nunca com este. Lembrava-me de músicas que acho muito boas e pensei que o álbum fosse muito melhor. Mas não, não o é. Acredito que existam por ai muitos fãs do "A Thousand Leaves", e não é um mau álbum, mas chiça, custou-me tanto a ouvir. Senti que algumas músicas apenas serviam de "fillers" para as músicas mais longas (em média, músicas com mais de 7 minutos) e nem mesmo essas são boas. Contam-se pelos dedos as músicas que eu aconselho a ouvirem e como eu sou um gajo porreiro, é uma boa maneira de ouvirem o álbum se estiverem com dificuldades.
"Sunday", "Wildflower Soul", "Hoarfrost", "French Tickler", "The Ineffable Me"e "Heather Angel". Para além destas, não vale a pena ouvirem mais e até estou a ser simpático com pelo menos duas delas. Se parece que estou chateado, devo admitir que não estou. Estou, isso sim, surpreendido pelo quanto este álbum é na realidade medíocre. Eu já estava à espera que esse tipo de coisas acontecesse ao longo das análises.
Não há muito mais a dizer. Em relação à música, fiquem só com a "Hoarfrost", uma das minhas músicas favoritas do álbum. De seguida, "NYC Ghosts & Flowers", um dos álbuns mais criticados dos "Sonic Youth". Depois desta banhada, até tenho medo de o ouvir.

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quinta-feira, abril 15, 2010

Sonic Youth - Washing Machine


"Washing Machine" foi o último álbum que comprei da banda. Há uns anos, mesmo quando estava a acabar o secundário, prometi a mim mesmo que compraria todos os álbuns dos "Sonic Youth". Queria ter toda a colecção na minha prateleira e devo admitir que me dava um enorme prazer comprar um álbum novo e puder tê-lo nas mãos (ao contrário dos ficheiros mp3 que tenho no disco). Contudo, isso já foi há quanto tempo, uns 2 anos? Mesmo assim, ainda hoje faço intenções de acabar a colecção, mas noto cada vez que me afastei mesmo da banda.
Gosto de pensar que quando compro um álbum quer dizer que eu gosto mesmo dele. Mas no caso deste, ia com a ideia de comprar o "Daydream Nation". Estando esgotado, resolvi então comprá-lo (acho que o escolhi em vez do "A Thousand Leaves"). E ainda hoje sinto um carinho estranho pelo "Washing Machine". Tem músicas que eu sinceramente adoro e é muito mais consistente que o álbum anterior (isto se não for mais consistente que os dois álbuns que se seguem). Aliás, é um bom álbum, se calhar até melhor que eu pensava. Continuo a achar que tem o tal estigma do "boa música, mesmo muito má música, álbum algo inconsistente", mas não tanto quanto me lembrava. Fazer este pequeno "especial" tem sido delicioso por estar a quebrar ideias pré-feitas que me ficaram ao longo dos anos. Não há nada melhor do que sermos corrigidos pelas boas razões e se eu cheguei ao ponto de admitir que o "Dirty" era um bom álbum (coisa que nunca tinha feito, até quando era um fã hardcore da banda), só quer dizer que algo mudou e que agora consigo apreciar coisas sobre a banda que deconhecia (tal como reconhecer melhor os seus defeitos).
Para as músicas, fiquem com a "Becuz" e a "Diamond Sea", duas das músicas mais bonitas que a banda alguma vez fez (principalmente a última). Gosto muito do videoclip da "Daimond Sea", mas não gosto muito da versão cortada para single. Se puderem, ou quiserem, oiçam a versão de 20 minutos do álbum. É uma experiência do outro mundo, sendo das melhores músicas que eles alguma vez criaram.
Resumindo, é um bom álbum e aconselho-o. A partir de agora é melhor não falar muito nos álbuns que se seguem ou corro o risco de me contradizer outra vez. Amanha teremos o "A Thousand Leaves".




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quarta-feira, abril 14, 2010

Sonic Youth - Experimental Jet Set, Trash and No Star



Depois de uma semana e meia a escrever textos sobre os "Sonic Youth", pensava que já tinha apanhado o jeito e que depois do "Dirty" tudo seria muito mais fácil. No entanto, aqui estou eu sem saber o que dizer. "Experimental Jet Set, Trash and No Star" é um álbum tão medíocre que simplesmente perdi as palavras. Por mais que o tente defender, não consigo. Por mais que o tente destruir, também não consigo. Não é um álbum mau, aliás, como já o disse inúmeras vezes, a banda não tem um álbum realmente mau, mas porra, isto é quase "fast food".
Se depois do "Daydream Nation" eles conseguiram fazer o "Goo", eu não percebo como é que eles não conseguiram dar um bom seguimento ao "Dirty". A fama subiu-lhes à cabeça? Deixaram de saber aquilo que queriam e resolveram fazer uma versão "light" do álbum anterior para ver como corria? Porque foi isso que eu senti quando hoje ouvi o álbum. Ideias claras do "Dirty", mas com uma sonoridade que não me apela. Para ser sincero, tem um ambiente despreocupado como o "Sister", mas não se aproxima minimamente dele. Talvez tenha sido um álbum feito à pressa, para aproveitar o sucesso do "Dirty", como se as pessoas comessem o que quer que eles deitassem cá para fora. Se é isso, "apenas mais um álbum, sem paixão", não é um mau álbum desse género, mas se isto foi feito para ser um bom álbum...bem, falharam.
Mas irrita-me. Por mais que eu queira odiar este álbum, não consigo. Porquê? Porque tem boas músicas e uma dose de nostalgia em cima. Não critico as músicas uma a uma (apesar de não gostar muito de músicas como a "Starfield Road" ou "Self-Obsessed and Sexxee"), mas sim o seu conjunto. São despegadas, misturadas sem razão. Parece que foram fazendo o álbum sem terem uma ideia em mente. Mas porra, isto será uma constante. Para os três álbuns que se seguem, que mudam mais uma vez a sonoridade da banda, isto irá se repetir. Boas músicas, mesmo muito más músicas e álbuns quase memoráveis. Muito sinceramente, eu não sei o que se passou com eles e até acredito que esteja a exagerar (ou até errado) em relação a isto, mas para mim eles foram-se abaixo.
Para as músicas, duas que eu adoro mesmo. "Waist" e "Tokyo Eye" são das melhores músicas deste álbum e a primeira até apareceria se eu algum dia fizesse um best-of dos "Sonic Youth". São músicas porreiras para contra-balançar o dia de chuva.


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terça-feira, abril 13, 2010

Cenas estúpidas que eu faço #1

Quando estou no firefox e chego ao final de uma página, antes de clicar logo na barra de navegação, primeiro volto ao inicio da página.
Depois rio-me.
Já faço isto há demasiado tempo...

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Sonic Youth - Dirty



Hoje dormi mal. Deitei-me tarde e não consegui adormecer. Já assim ando há mais de uma semana e não sei o que fazer. Contudo, hoje foi ainda pior porque tive de me levantar mesmo muito cedo para fazer um exame médico. Basicamente, quando voltei a casa estava chateado, cansado e sem paciência. Uma das primeiras coisas que pensei foi: "eu vou destruir o Dirty quando começar a fazer a minha critica". Bem, acabei por dar um pontapé nos tomates a mim mesmo.
"Dirty" não é um álbum mau, longe disso. É, a meu ver, demasiado overrated. As espectativas são muito elevadas para o que é e ainda hoje sinto isso enquanto o oiço. Quando comecei a ouvir "Sonic Youth", a única que ouvia e lia era: "Têm de ouvir o Dirty! Sim, o Dirty! Grande álbum!" A sério, posso-me estar a enganar, mas eu acredito mesmo que este álbum seja muito mais conhecido que o "Daydream Nation". Saido em 1992, é um álbum influenciado pelo crescendo do Indie Rock e do Grunge. É basicamente um álbum "Maria vai com as outras".
Mas mesmo assim, mesmo lá no fundo, é um bom álbum. Eu sei que o tenho andado a pintar de outra forma, mas a única coisa que vos peço é que vão para ele de cabeça aberta. Não liguem a hypes de fóruns ou amigos (como me aconteceu) e oiçam como deve ser. Tem excelentes músicas, mas acho que em termos de estruturas começa a ser "meh", não surpreendendo. Contudo, este álbum marca muito aquilo que está para vir. Álbuns engraçados, com músicas mesmo más, mas também com músicas espectaculares. Quando acertam, acertam mesmo, mas quando falham...meu deus.
Uma banda tem de evoluir, transformar-se e reinventar-se (excepto os AC/DC), e consigo perceber aquilo que eles queriam fazer com este álbum, mas não consigo tirar da cabeça que foi o "Dirty" que provocou o downfall da banda durante os 90s. Eu gosto muito dos "Sonic Youth", mas agora que me afasto um pouco, consigo ver os defeitos que me falavam e penso que alguns começam aqui. Sonoridade, atitude pseudo-chateada/pseudo-youth power parva, irreverência e músicas demasiado simples e sem sabor. A banda parece que deixa de saber fazer músicas memoráveis e passa a querer agradar mais às massas. Este é um período de "hit and miss" e até algo chato de analisar, mas lá terá de ser. Mas não se preocupem tudo vai ficando melhor aos poucos e o mais engraçado é que será com a mesma ideia de "agradar as massas" que voltam ao de cima. Mas isso só mais lá para frente.
Em relação ao "Dirty", oiçam. Não é tão mau quanto eu estava a pensar. Só me chateia que álbuns claramente superiores como o "Sister" ou o "Goo" sejam eclipsados por este. Irão encontrar, sem quaisquer dúvidas, músicas que irão adorar. São músicas mais fáceis de entrar e perceber, reflectindo-se no ambiente geral do álbum. É um álbum espectacular e ao nível dos anteriores? Não, mas uma coisa que têm de perceber é que, por mais mal que eu diga, esta banda não tem um álbum verdadeiramente mau. E isso é a mais pura das verdades.
Em relação às músicas, decidi não mostrar nenhum dos singles. Não os acho assim nada de especial (principalmente a porcaria da "Youth Against Facism") e o álbum que músicas superiores. Fiquem com a "JC" e a "On the Strip". São duas músicas que eu adoro e que mal oiço falar. Para além disso, são músicas onde eu realmente gosto da voz da Kim Gordon (gosto esse que se foi desvanecendo ao longo dos tempos...). E são duas músicas que se afastam mais da sonoridade do álbum e ficam mesmo muito bem, criando momentos mais calmos.




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segunda-feira, abril 12, 2010

Sonic Youth - Goo


"Goo" foi dos primeiros álbuns que ouvi da banda. Se bem me lembro, foi por causa da "Kool Thing" que resolvi ouvir primeiro este álbum do que, por exemplo, o "Sister", o "Dirty" ou até o "Daydream Nation". A música é "catchy", fica no ouvido e nunca mais sai. Para ser sincero, todo o álbum é assim. Não esperem encontrar só músicas como a "Kool Thing", mas pensem encontrar um álbum mais descontraído que "Daydream Nation" (pelo menos, é isso que eu sinto).
Eu adorei regressar a este álbum. Já há uns bons dois anos que não o ouvia e foi simplesmente fantástico ouvir músicas como a "Titanium Expose" ou a "Mote". Foi sempre um álbum que gostei. É sem dúvidas uma espécie de sucessor do "Sister". Sinto que tem o mesmo ambiente, apenas mais indie, e parece que a pressão de "Daydream Nation" estava a desaparecer. Sinto que aqui voltaram a experimentar com a forma que tinham encontrado no álbum anterior e deixaram-se levar. Penso que é um álbum muito único na discografia da banda e algumas das ideias que criam aqui voltarão a aparecer ao longo dos seus álbuns dos 90s (apesar de perderem a sua magia). Por um lado, este é o sucessor da suposta obra-prima dos "Sonic Youth" e acredito que todos estavam à espera de algo ainda mais surpreendente. Contudo, sinto que eles fizeram exactamente o contrário, optando por um álbum sólido, mas não tão épico. Muito mais descontraído e alegre que o anterior, e para mim, isso é de valor. Talvez seja por isso mesmo que considere este álbum muito mais fácil de ouvir que o "Daydream Nation".
Para as músicas, temos duas. Tenho de mostrar a "Kool Thing", é que não maneira de falar no "Goo" sem ter esta música em mente. Oiçam e curtam. É claramente material de single, mais comercial, mas simplesmente porreiro. Aliás, depois deste álbum, ou ainda com este álbum, a palavra "comercial" começa a aparecer mais vezes na sonoridade da banda. Mas, para ser mesmo muito sincero, eu não quero saber.
Para a segunda música, apresento-vos a "Titanium Expose", que encerra o álbum. Eu adoro esta música e estará possivelmente no meu top 10 das músicas favoritas da banda. Sinto que pouco se fala nela e sem razão. Por isso, oiçam e curtam.
E para amanha, depois de uma semana a falar de "Sonic Youth", chegamos finalmente ao "Dirty". Quase tão conhecido, se não for mais, que o "Daydream Nation", é também dos primeiros grandes sucessos da banda. Contudo, eu tenho um grave problema com o "Dirty" e considero que marca o downfall da banda. Mas isso fica para amanha.




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sábado, abril 10, 2010

Sonic Youth - Macbeth

Como amanha não vou puder "entreter-vos" com mais "Sonic Youth", gostava só de deixar um pequeno video para o domingo. Decidi não falar do side-project da banda, os Ciccone Youth, nascido da suposta adoração pela Madonna (sim, eu não estou a brincar). É um álbum que não se insere na discografia da banda e não faz muito sentido estar a falar sobre ele (senão tinha de falar dos SYR e não vale a pena). Contudo, vale a pena ser ouvido nem que seja pela música "Macbeth".
Durante muito tempo, este foi o meu videoclip favorito. Porquê? Porque não faz muito sentido. Claro que temos uma critica à sociedade americana, mas todo aquele ambiente esquisito e despegado dão ao videoclip uma dose de awesomeness. E eu adoro estes videoclips que parecem terem sido gravados como videos caseiros pelas bandas (são muito caracteristicos dos 80s e 90s, e até já falei disto há uns tempos). E a música...é excelente. Não me interessa o que possam dizer, eu adoro a música. Instrumental, misteriosa, fantástica. Não tenho mais a dizer.
Espero que gostem (ou pelo menos disfarcem, eu assim já fico contente). E segunda, teremos então o grande "Goo".


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Sonic Youth - Daydream Nation



Considerado como um dos melhores álbuns dos 80s e como a obra-prima dos "Sonic Youth", não existem quaisquer dúvidas que este é um álbum grandioso. Não há volta a dar. Este é simplesmente um álbum que merece ser ouvido pelo menos uma antes de morrerem. Gostem ou não, deviam fazê-lo. É um marco para a indústria musical...mesmo que pareça que estou a exagerar.
Eu sei que ao longo deste pseudo-especial tenho rebaixado o álbum um bocado, mas a verdade é que é um grande álbum. Pode não ser o meu favorito (como disse ontem, esse é o "Sister"), mas tenho de admitir que em termos de forma e conteudo é superior a tudo o que a banda fez. Tudo foi feito para chegar a este momento. Tudo o que eles tinham ou criaram passa a fazer sentido neste álbum. Passam para um rock mais alternativo, se calhar até um post-grunge (se é que isso existe, mas na verdade a banda iria a apostar nesse estilo e a tocar com bandas como os Nirvana - que eles próprios ajudaram), que muda um bocado a sua sonoridade. Penso que, por um lado, ficam mais acessíveis e isso até é bom. Não temos tanto os ambientes de um "Confusion is Sex" ou até do "Sister". Penso que o começo desta "nova" sonoridade vai dar ao famoso "Dirty" (penso que esse álbum é ainda mais conhecido que este) e eu tenho graves problemas com esse álbum. Muito por o achar overrated, aborrecido e muito inferior ao "Goo" (o "Goo" acaba por ser como o "Sister" em relação ao "Dirty").

Para ser sincero, eu adorava este álbum. Com o passar dos anos, penso que os gostos mudaram e comecei a sentir algumas fragilidades no álbum. As minhas queixas pessoais vão desde o achar um pouco mais repetitivo que o resto e perder parte da sonoridade que gostava da banda. Não se enganem, eu gosto do álbum, mas penso que o "Sister" consegue conciliar melhor o ambiente noise, louco e despreocupado do que este. "Daydream Nation" é uma obra-prima desde o inicio. Aposto que foi pensado dessa forma. E isso nota-se claramente.

Sem quaisquer dúvidas, oiçam este. Aliás, oiçam este antes do "Sister". Oiçam talvez este antes do "EVOL" e tirem logo do vosso caminho a suposta obra-prima. Oiçam logo o que é considerado mundialmente como o melhor álbum da banda e descubram o resto da discografia com calma. Penso que ficarão mais surpreendidos com o que está antes e depois deste álbum. Não se enganem, este é o momento de ruptura da banda e a partir daqui os momentos baixos são mesmo baixos e os altos menos fortes. "Goo", o álbum que se segue, é ainda espectacular e dos meus favoritos (ainda estou para ver se não gosto mais desse do que do "Daydream Nation"). Mas eu sinto que esta era, que esta sonoridade acaba aqui. "Sister" foi o ponto forte do passado e este álbum o seu final. "Goo" acaba por ser um monstro diferente e o melhor álbum dos "Sonic Youth" até meados dos 90s (e isso são pelo menos 3 ou 4 álbuns).

Em relação à música, decidi mostrar a mais que conhecida "Teenage Riot" (simplesmente espectacular, o inicio é fantástico e uma das músicas dos Sonic Youth que guardo carinhosamente no meu coração).


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sexta-feira, abril 09, 2010

Sonic Youth - Sister



Este é o meu álbum favorito dos Sonic Youth. Não digo que seja o melhor, até porque posso admitir que o "Day Dream Nation" é tecnicamente superior, mas este é o álbum que mais me prazer dá em ouvir. Experimentem passar por estes três álbuns de uma só vez e conseguem notar uma clara evolução, sendo o "Day Dream Nation" o resultado desejado. Este é o caminhar para uma nova fase da banda e sinto que o "Sister" é o último momento, o grande final da primeira fase da banda. Mesmo que digam que eles foram melhorando, e foram, para mim não há nada melhor que isto. Este é provavelmente o meu álbum favorito de sempre e não o digo por acaso.
Esqueçam o que ouviram no "EVOL". Este é outro monstro. Muito mais mexido, mais rock, mais noise e mais maluco. "Sister" é o que acontece se misturarmos o ambiente noise de "Confusion is Sex" e a melodia de "EVOL". As letras são mais compostas, mas ao mesmo tempo mais loucas. Musicalmente, é um álbum mais instável. A cada música temos uma sonoridade diferente, indo do calmo (como a "The Beauty Lies in the Eye") até ao nonsense lírico e puro noise (como a "Master-Dik"). No entanto, é um álbum extremamente acessível e é isso que o torna tão bom. Não tanto quanto o "EVOL", mas muito mais apelativo e representativo daquilo que a banda queria fazer. Não se esqueçam que é um passo em direcção à suposta perfeição do "Day Dream Nation". Mesmo sendo-o, aquilo que eu admiro no "Sister", é o seu ambiente despreocupado. É como se eles não quisessem saber e estivessem a fazer algo que simplesmente os divertia. É um ambiente peculiar que marca por completo o que vem ai. Claro que o álbum que vem a seguir é muito mais influente, mas penso que o "Sister" acaba por ser a base de toda a sonoridade da banda. Para mim, o seu ponto máximo.
A música que escolhi é a "Schizophrenia" e é a minha música favorita dos "Sonic Youth" (se não for mesmo a minha música favorita de sempre ou assim). Simplesmente oiçam e espero que gostem. Infelizmente, a banda voltará a ter momentos muito bons, mas mesmo muito bons, mas depois da "trilogia", passarão a ser inconstantes e até irritantes. Mas falaremos disso com calma.


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quinta-feira, abril 08, 2010

Sonic Youth - EVOL




Para mim, este é o ponto de viragem da banda. É também o inicio daquilo que gosto de chamar como a "trilogia", composta por este álbum, o "Sister" e o "Day Dream Nation". Este é capaz de ser o melhor momento da banda. Estes três álbuns são simplesmente fantásticos e representam muito bem aquilo que os Sonic Youth queriam fazer nos 80s (como também foram estes álbuns que os marcaram e deram mais visibilidade). A banda tem excelentes álbuns a seguir a esta época, alguns deles favoritos meus, mas para mim, este é o momento mais importante da banda.
"EVOL" é um álbum espectacular. Marca a entrada do baterista Steve Shelley, mudando para sempre a banda. Este foi também o meu primeiro álbum favorito dos Sonic Youth e o primeiro que comprei. É possivelmente dos álbuns mais acessíveis se não contarmos com os mais recentes. Mais melódico, concentrado, atmosférico e, arrisco-me a dizer, mais feliz. Não é por acaso que se chama "EVOL". Tanto por ser "love" escrito ao contrário como pelo possível significado de evolução. É um enorme passo para a banda e notamos essa evolução/mudança em músicas como a que irei apresentar. Para além disso, mesmo se afastando daquilo que criaram com os primeiros três álbuns, é espantoso ver como conseguem conciliar tudo num ambiente mais calmo e focado.
"Shadow of a Doubt" é uma música mítica. Durante muito tempo, considerei-a como sendo a minha música favorita e mesmo tendo perdido esse lugar, continua a ser muito importante para mim. É tão calma, tão bem feita e misteriosa, que assim que a oiço, fico tão calmo, longe de tudo e todos (mesmo que a letra tenha outra conotação). É dos melhores momentos da banda e o ponto alto deste álbum. É uma música que, mesmo que odeiem a banda ou o álbum, vai ficar convosco, irão voltar a ouvir vezes sem conta. Pelo menos, assim o espero.
"EVOL", um óptimo álbum para começarem se ainda não ouviram nada da banda.


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quarta-feira, abril 07, 2010

Soic Youth - Bad Moon Rising


Eu sei que já o disse para os outros dois álbuns, mas "Bad Moon Rising" é o mais complicado de ouvir dos primeiros três. É um álbum muito mais atmosférico, menos caótico e mais misterioso. Fiquei com a sensação que se trata de uma viagem nocturna pelas zonas montanhosas dos EUA (como o Canyon) e por zonas imaginárias. Quase que uma viagem sem destino, escapatória, cheia de problemas e dúvidas (penso que as letras ajudam). Eu sei que parece um bocado pseudo o que eu estou a dizer, mas o ambiente do álbum é peculiar e até único em relação ao resto da discografia. Este é um periodo de experiência, de procura pela forma correcta. E apesar de o continuarem a fazer durante a maioria da sua carreira, estes três primeiros álbuns destacam-se por essa mesma razão.
Se há coisa que eu gosto na construção deste álbum é o facto de todas as músicas estarem interligadas. Basicamente, até à "Death Valley '69", tudo está composto como se fosse uma só música. Não existe um fim conciso para as músicas e tudo continua (se calhar é por causa disto que fiquei com a impressão que se tratava de uma viagem).
Quando comecei a ouvir Sonic Youth, este foi dos álbuns que mais me despertou a atenção por ser tão diferente, principalmente porque tinha começado pelos mais recentes e fui descendo até ao inicio da carreira da banda. Passar do "Murray Street" para o "Bad Moon Rising" é um soco no estômago e admito que apesar de me deixar intrigado, nunca me fascinou. Penso que ao longo dos anos, este álbum teve o mesmo efeito que o "Confusion is Sex". São álbuns que cresceram dentro de mim, que passei a saber apreciar por aquilo que são. Foram álbuns que me deram um enorme prazer reouvir para puder fazer este especial. Não é o melhor álbum da banda, longe disso, mas é um álbum interessante com músicas mesmo muito boas. Contudo, o melhor álbum desta primeira fase da banda continua a ser o "Confusion is Sex".
Em relação à música que vou apresentar, não há muito a dizer. É das mais conhecidas da banda e das músicas que me fez gostar dos Sonic Youth (e, na altura, a única música que me fazia regressar ao álbum). Quando foi editado em 1985, esta música era a última música, era o final da viagem e acho que fica mesmo muito bem. Contudo, o álbum que tenho (outro que eu realmente comprei, e não é o último) também vem com o EP "Death Valley '69", contendo mais 4 músicas. Sinceramente, são boas músicas, especialmente a "Halloween", mas em termos de estrutura, não adicionam nada.
Espero que gostem.


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terça-feira, abril 06, 2010

Moral


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Sonic Youth - Confusion is Sex+Kill Yr. Idols


Posso estar tremendamente errado, mas aquilo que sinto sempre que oiço qualquer um dos primeiros álbuns dos Sonic Youth, nomeadamente o "Confusion is Sex" e o Bad Moon Rising" (que falarei amanha) é uma enorme raiva e desconforto. São álbuns com um ambiente muito mais pesado, mais misterioso, mais ruidoso, mais cru, caótico. "Confusion is Sex" é um álbum especial, é algo que nos fica na cabeça quando o acabamos de ouvir. Tem músicas que irão mexer connosco devido às suas temáticas quase alucinatórias. Devo admitir que vou um prazer voltar a ouvi-lo.
Para todos aqueles que pensam em seguir este especial, esta primeira fase dos Sonic Youth é a mais complicada. Não existem sons amigáveis, letras chamativas ou alegria. Existe confusão, raiva e medo, pelo menos é o que eu sinto. Tanto este, como o primeiro EP e o álbum que se segue, merecem ser ouvidos mais que uma vez para serem percebidos. Contudo, não fiquem com a ideia que a banda só tem esta vertente. Mas há que admirar o movimento noise, ou No Wave, dos inicio dos 80s. Não tão coeso como os álbuns que se seguiram, "Confusion is Sex" acaba por ser fundamental para qualquer fã da banda.
E estou a fazer uma pequena batotice ao inserir o EP "Kill Yr. Idols", mas como foi feita uma reedição que junta os dois num só álbum, penso que é de aproveitar (eu tenho este álbum). O EP é um extra demasiado bom para ser deitado fora. Se "Confusion is Sex" já tem raiva que chegue, "Kill Yr. Idols" rebenta com a escala. Para mim, este é o momento mais "pissed of" da banda. Vou apresentar uma música tanto do "Confusion is Sex" como do "Kill Yr. Idols" (porque simplesmente não resisto).




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segunda-feira, abril 05, 2010

Sonic Youth - Sonic Youth

Para quem não sabe, os Sonic Youth vêm este mês a Portugal. Se não me engano, será no dia 23 que a mitica banda de New York regressa ao nosso pais para um concerto no Coliseu. Mesmo ainda não sabendo se conseguirei ir ao concerto ou não, quero fazer esta espécie de especial para banda onde irei apresentar todos os seus álbuns e uma música a acompanhar. Tentarei mostrar músicas menos conhecidas ou que eu goste mais, por isso, será puramente pessoal.
Como poderão saber, esta era a minha banda favorita. Durante uns bons anos, eu vivia e respirava Sonic Youth a um ponto quase doentio (não ao ponto de dormir durante uma semana em frente ao Pavilhão Atlântico, pelo menos isso). Contudo, quase sem me aperceber, fui-me afastando lentamente da banda à medida que descobria novas bandas e novos géneros (como o math rock). Hoje em dia continuam a ser uma banda que eu gosto, mas sinto que realmente perderam o valor que tinham, muito mais depois de ouvir o último álbum deles. Por isso, isto é quase uma viagem pessoal pela banda que eu considerava como sendo perfeita, para conseguir perceber o que ainda gosto e o que me fez afastar dela. Vou passar por todos os álbuns principais (nada de SYR, mas sou capaz de falar de uma das OST que fizeram e dos Ciccone Youth).


Para começar, temos o primeiro álbum (ou EP, conforme quiserem...apesar de ser muito mais EP que álbum), intitulado simplesmente de "Sonic Youth". Aqui está algo que me lembro de pensar que não ia gostar. É muito simples, as letras não são nada do outro mundo e todo o ambiente funciona quase como uma demo tape, sem ir ao fundo daquilo que poderiam ou queriam fazer. Mesmo assim, gosto. Aliás, toda esta época até ao "Day Dream Nation" é a minha favorita por causa da vertente noise ser muito mais forte (mas isso fica para quando lá chegar). Não é nada do outro mundo, mas aconselho que o oiçam uma segunda vez quando chegarmos ao álbum mencionado (o Day Dream, que eu considero como o ponto de viragem).
Fiquem com a "Burning Spear", que possivelmente é a música mais conhecida deste EP. Pessoalmente, eu gosto muito da simplicidade e maluqueira desta música. Não há nada como ouvir esta música pela primeira vez, ainda mais quando o resto do EP é tão diferente (sem falar do próximo álbum...).


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domingo, abril 04, 2010

A minha Páscoa #7

Já pensaram no que aconteceria se Jesus Cristo ressuscitasse nos dias de hoje?
E pronto, assim acaba mais um especial do Boião. Tenho pena de não ter conseguido colocar os desenhos mais cedo, mas sexta e sábado foram atribulados. Cansativos? Nem por isso, mas posso apenas adiantar que já temos duas ideias muito boas para videoclips dos Schizling the Cruise. Esperem por novidades.
Enquanto isso não chega, durante o mês de Abril teremos mais um especial. Vai começar já amanha e durará até ao final do mês (ou perto disso). Mas amanha falo melhor nisso.

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A minha Páscoa #6

A minha Páscoa #5

quinta-feira, abril 01, 2010

Um Aviso

E agora, um pequeno aviso para todos aqueles que têm católicos em casa. Não pensem sequer em dar-lhes carne depois da meia noite. Se forem estúpidos o suficiente para o fazer, é isto que acontece.

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A minha Páscoa #4