terça-feira, maio 29, 2007

Experiência IV

Rodrigo vira-se rapidamente e dispara contra o peito de Jorge, que cai no chão. Matilde grita com todas as suas forças, pois o seu amor estava agora morto. Depois de tantas lutas, a chama de Jorge estava apagada para sempre. Rodrigo volta a esconder a arma e aproxima-se do corpo de Jorge. Retira-lhe a carteira e olha para Matilde:
- Como prova.
Matilde limpa as lágrimas e levanta-se.
- Quem lhe pagou?
Rodrigo vira as costas para Matilde.
- Alguém que lhe quer bem.
Matilde fica fora de si, aproxima-se rapidamente de Rodrigo e agarra-lhe o colarinho.
- Como pode alguém gostar de mim, se quis levar o amor da minha vida? Como pode alguém sacrificar o amor de duas pessoas pelo seu próprio amor? É um monstro!
- Minha senhora, não me compete dizer quem está certo e quem está errado. Só me pediram para levar a carteira do cavalheiro, nada mais.
Matilde recomeça a chorar. Afasta-se de Rodrigo, surpreendida pela sua frieza.
- Como é possível? Como podem existir pessoas assim?
- Por mais que me possa custar ouvir os seus gritos de dor, o seu marido não passa de mais um molhe de notas que recebo, de mais um jantar que dou à minha familia.
- E fala você de familia? Eu...estou grávida do Jorge e agora você levou-mo!
Rodrigo começa a andar. Pára ao pé de uma velha árvore.
- Não há nada que lhe possa dizer, senão que...
Rodrigo carrega num pequeno botão, por detrás da árvore e todas as luzes se acendem, caem balões.
-...VOCÊ FOI APANHADA!
Jorge levanta-se e a equipa de filmagens revela-se por detrás das árvores. Vários figurantes saem de todos os lados e aplaudem a confusa Matilde. Rodrigo tira a máscara e revela ser o apresentador de televisão mais conhecido do momento, Roberto Mil Fontes. Aproxima-se de Matilde, que está completamente paralisada. Jorge tenta acordá-la.
- Minha jovem, olhe para as câmaras. É uma estrela, pelo menos durante esta semana. O que tem a dizer ao mundo?
Matilde olha para Jorge, que sabia disto tudo. Olha para a câmara, que faz um longo zoom na cara dela.
- Acho que perdi o meu filho.

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domingo, maio 27, 2007

A continuação da Torrada Assassina

Depois de alguns meses, aqui está mais uma parte para a história que nunca teve uma continuação. É verdade, a Torrada Assassina está de volta, num episódio que desenvolve ainda mais toda a trama (deve ser a primeira vez que o fazemos). Aqui está mais um vómito escrito por Paperbag_Writer e Monsieur_Chinese.

Torrada Assassina: A parte daquilo que está em falta

MC- Foda-se.
R- Olha, também acho.
MC- Aquele pastel caiu mesmo mal.
R- Então...mas aquilo era um pastel?
Mc- Pá, acho que sim...
R- É que parecia merda de coelho.
MC-...fodasse,eu sabia.
R-Não, sabias não.
MC- Mas até que era bom.

E assim começa mais uma aventura de Regdamns e Monsieur_Chinese. Como vocês não se devem lembrar, na última aventura dos nossos heróis, o Pancrácio’s Rest foi finalmente destruido pelo Demo, que, ainda sem se saber bem porquê, foi morto pelo Doutor Galochas, absorvendo os seus poderes e fugindo com um Guaxini às costas. Passaram dois dias desde que Regdmans e Monsieur_Chinese ficaram sem local para desperdiçar as suas inúteis vidas. Sem saber o que fazer, visitam mais uma vez as ruinas de Pancrácio’s Rest em busca de pistas...

Um carro pára em frente dos dois, que vasculhavam as ruinas do Pancrácio's rest. Sai um homem do carro, que olha para MC e aponta-lhe o dedo.

Homem- TU
MC- Olha, não venhas com essas merdas do "TU" outra vez, deixa-me que te diga que isso aconteceu nas outras aventuras.
Homem- Ai foi?
R- Foi, caralho. Lembro-me como se tivesse sido ontem

Os três começam-se a rir

MC- Foi ontem?
R- Foda-se....NÃO BORREGO. Não foi.
H- Pessoas engraçadas. Sinto-me mesmo estranho quando encontro pessoas tão vivas e amigas como estes dois.

Deus faz explodir o homem de tal maneira que todos os insectos num raio de 50 km apanharam com os bocados.
Deus aproxima-se dos dois como se não tivesse mais nada para fazer.

R- Meu, foi a melhor que já fizeste.
D- Eu sei.

E esbofeteia R como se fosse uma prostituta barata.

MC- Por falar em prostitutas.
D- O que foi?
MC- Nada...
D- Mas...
MC- Vai por mim, não queiras falar disso.
D- Eu posso ler os teus pensamentos e saber o que se passa.
MC- Pois podes.
R- Que merda de conversa...
Deus fixa o olhar em MC.

D- Seu porco...

Os três ficam em silêncio.
D olha para eles de uma forma suspeita. R sente-se nervoso. MC masca uma pastilha, faz um balão e rebenta-o na cara de D.

MC- Era só para quebrar o ambiente pesado

D ri-se, mas de uma forma cínica

D- Ai era só para para quebrar o ambiente, não era?

D parte MC em duas partes

D- E isto era só para...para...olha, vai-ta foder!

Comprimenta R e manda-lhe um rotativo.

D- Só porque eu posso
R- Lá nisso, até tens razão

D afasta-se finalmente dos nossos dois herois. Reconstroi MC e fâ-lo explodir outra vez, só pelo gozo.

R olha para MC

R- Estás na merda.
MC- Caralho, acabei de explodir!
R- Bons tempos...
MC- E se fossemos atrás do Dr. galochas?
R- Ou do guaxini

R e Mc, finalmente decidiram ultrapassar a dor de terem perdido o Pancrácio’s Rest e procurarem Doutor Galochas. Chocados com o que tinha acontecido, ficaram semanas a tentar elaborar um plano. Após horas de planeamento, um deles cagou-se e culpou o cão. Contudo, o cão já estava morto, mas não era isso que interessava naquela altura.
Sentindo-se preparados, pedem ajuda a Júlio Espada, mestre em decifrar planos.

R- Lê lá o nosso plano.

No papel - "Vai-ta pó crl."
R e MC começam-se a rir

R & MC- Ahahah, foste enganado!
JE- Cabrões...

Chateado com a vergonha, Júlio Espadda explode do nada. Quer dizer, até há uma razão...nós, os escritores, não gostavamos dele, consideravamos Júlio Espada uma má pessoa, capaz de trair os seus amigos. Em defesa dos nossos heróis, decidimos explodir com ele nesta cena, para que não tivesse a oportunidade de influênciar outras personagens desta história.

Entretanto, numa conversa de Messenger.

"I remember it as something I didn't forget" diz:
yeah
_(in)stable_ diz:
ta a dar erro, man
_(in)stable_ diz:
as letras tao grds
_(in)stable_ diz:
huou
"I remember it as something I didn't forget" diz:
ah?
_(in)stable_ diz:
tão bue grds
"I remember it as something I didn't forget" diz:
estás drogado, é?
"I remember it as something I didn't forget" diz:
mas o quê?
_(in)stable_ diz:
n crl!!!
_(in)stable_ diz:
as letras tao tds bue grds
_(in)stable_ diz:
espra
"I remember it as something I didn't forget" diz:
(espero)
"I remember it as something I didn't forget" diz:
(porque não tenho mais nada para afzer)
_(in)stable_ envia:
Abrir(Alt+P)
_(in)stable_ diz:
fikaram maiores
_(in)stable_ diz:
lol
_(in)stable_ diz:
hyey
_(in)stable_ diz:
muahahah
_(in)stable_ diz:
olha k giro
"I remember it as something I didn't forget" diz:
tu tens rodinha no rato?
_(in)stable_ diz:
tenho
_(in)stable_ diz:
pk?
"I remember it as something I didn't forget" diz:
isso é sexy
"I remember it as something I didn't forget" diz:
não sei, queria só saber
_(in)stable_ diz:
lol
"I remember it as something I didn't forget" diz:
mas às vezes
"I remember it as something I didn't forget" diz:
na net
"I remember it as something I didn't forget" diz:
isso dá para aumentar o tamanho das letra
"I remember it as something I didn't forget" diz:
*letras
"I remember it as something I didn't forget" diz:
já me aconteceu
_(in)stable_ diz:
n m parece
_(in)stable_ diz:
k aki no msn
_(in)stable_ diz:
seja a mm coisa
"I remember it as something I didn't forget" diz:
pois, a mim também
"I remember it as something I didn't forget" diz:
não........
"I remember it as something I didn't forget" diz:
ma spodia ser
_(in)stable_ diz:
~lol
"I remember it as something I didn't forget" diz:
olha s efosse
"I remember it as something I didn't forget" diz:
seria giro
"I remember it as something I didn't forget" diz:
ou atrofiantemente giro
"I remember it as something I didn't forget" diz:
ou só atrofiante
_(in)stable_ diz:
atrofiantemente
_(in)stable_ diz:
acredita
_(in)stable_ diz:
ve la

Recebeu com êxito C:\Documents and Settings\John\Os meus documentos\Os meus ficheiros recebidos\Sem título.bmp de _(in)stable_.

_(in)stable_ diz:
xeirame a virus...

Regressando à história...

MC e R começam a voar, sem conseguir parar. Até que sairam para o espaço sideral e morreram com o frio, com o calor e com o frio outra vez. No momento em que R e Mc não paravam de morrer, Dr. Galochas e o seu guaxini voavam em direcção de Tulality Ville para alimentar a criança mutante que tinham na cave. A criança chamava-se.......”Libenela” e era um monstro do caralho.
Não sabia falar e só grunhia, mas para chatear só grunhia em dó.

Dr. Galochas, como era uma pessoa carinhosa (e porque matou acidentalmente a sua familia enquanto operava a avó na sua sala de jantar), decidiu criá-lo. O problema era que “Libenela” era parecido com um porco, mas também era humano e era também parecido com um camaleão, continuando a ser humano. Para que não fosse alvo de troça (até porque ele tinha uma carinha cómica), Doutor Galochas decidiu fechá-lo na sua cave, alimentando-o através de palhinhas.

Mas nem tudo era mau, porque aquela criatura nojenta sabia lutar boxe como ninguém, porque não tinha braços. Em vez de ter braços, tinha penas e na ponta de cada pena tinha três olhos.
Mas Dr. Galochas decidiu tratar dele porque, mais uma vez gostavamos de referir que, ele matou-lhe a familia. Mas o tal monstro de merda tinha um problema que não podia ser resolvido através da medicina normal. Todos os seus excrementos faziam parte dele, resumindo, estava-se a cagar a si próprio. Imaginem a sensação de estarem á rasca para cagar e saberem que, de cada vez que caguem, vão ficar sem uma parte vossa! É do caraças, mas não se preocupem, porque com a descrição que nós fizemos do monstro, não me parece que ele se preocupe muito com isso.
Estava a cagar-se aos poucos e Doutor Galochas gastou os últimos dois anos à procura de uma cura. Um dia, ouviu dizer que a única forma de parar a merda de sair, era empurrando para dentro, mas empurrar de uma forma desumana. Começou a juntar as peças e lá conseguiu montar o puzzle. Depois disso, começou a pensar nisso de empurrar a merda – Conclusão: Precisava de mais força, para espancar toda a merda que tinha saido do monstro de volta para ele. Quem é que tinha muita força? O Demo, claro. Assim, decide procurar o Demo, até há dois dias atrás, quando o mata no Pancrácio’s Rest. Absorve as suas forças e, juntamente com o Guaxini, aproxima-se de Tulality Ville para espancar o cabrão do monstro como se a sua vida dependesse disso (e até que dependia).

Dr. Galochas estava confiante, porque tudo estava a correr como ele tinha planeado. A única coisa que ele não sabia era que R e MC existiam e isso não era bom.

R e Mc tinham de o parar.
Após passarem o resto da manhã a morrer, decidem voltar para casa.
Ao chegarem a casa...

R- O que é que iamos fazer hoje de manhã?
MC- Sei lá.
Tiny Dog- Eu lembro-me.
R- Sim, mas tu estás morto.

BUM

Ora, nem mais nem menos. Não toleramos mortos vivos (Tiny Doggy morreu no primeiro episódio, naquele sobre a torrada e o caralho), mesmo que todos aqueles que entrem nesta histótia já tenham morrido pelo menos umas três vezes. O próprio MC já foi desintegrado e transformado em mutante.

R- Caralho, o que iamos fazer?
MC- Não queres uma torrada?
R- Claro!
MC- Então...
R- Espera, deixa-me adivinhar!

R fica a pensar.
Mc pega nas malas e vai-se embora.
Continua...
Paperbag_Writer & Monsieur_Chinese Lda.

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sábado, maio 26, 2007

Curtas



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sexta-feira, maio 11, 2007

Experiência III

- Não estou a perceber...
Juan afasta-se da janela. Olha para Carlos e senta-se numa das cadeiras.
- As portas giratórias foram feitas pelo governo para nos baralhar as ideias. A forma como elas giram fazem com que tenhas perdas de memória, principalmente quando vais a uma clinica.
Carlos está a ler uma pequena revista. Olha por cima dela.
- Porque tudo isto é uma conspiração, certo?
- Nunca pensaste para onde é que vão as nossas amostras de sangue? (Juan levanta-se) Eles criam clones para depois substituir-te. Já ninguém quer saber se morres ou não, eles apenas te substituem.
Carlos fecha a revista e atira-a para o chão. Aproxima-se da mesa e pega na pasta preta. Caminha para a janela e os primeiros raios de luz aparecem no horizonte.
- Ainda bem que não me despedi da minha mãe.
Juan começa-se a rir. Olha para Carlos, que se encosta à janela.
- Primeira página?
Juan acena com a cabeça. Carlos sorri e deixa-se cair. Passados uns segundo, ouve-se uma enorme explosão, mas Juan não parece preocupado. Estica os braços, retira o casaco e caminha para a janela contrária.
- Amanha vou gostar de ler as noticias.
Deixa-se cair e voltamos a ouvir uma explosão. O sol espreita suavemente no horizonte, cada raio de luz distribui-se pela escuridão da noite, dando um novo equilibrio aos prédios frios da cidade. A poeira cinzenta só nos faz lembrar do quanto é bonito ver o amanhecer.
(ouvir este texto com - Eternal Birds, dos North Sea - é para ser diferente)

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